Greve de caminhoneiros atinge diversos segmentos
Vários setores vivem o efeito dominó da manifestação que segue para o quinto dia, nesta sexta-feira (25)
Segue para o quinto dia, nesta sexta-feira (25), as
manifestações realizadas pelos caminhoneiros de todo País que lutam contra o
preço elevado dos combustíveis.
Em Goiás, conforme divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), a categoria irá bloquear, nesta
sexta-feira, 26 pontos em oito rodovias federais que cortam o estado.
Pontos de Bloqueios em Goiás
BR-050:
Km 270 em Catalão
Km 273 em Catalão
Km 279 em Catalão
Km 283 em Catalão
BR-060:
Km 190 em Guapó
Km 306 em Acreúna
Km 380 em Rio Verde
Km 388 em Rio Verde
BR-080:
Km 116 em Barro Alto
BR-153:
Km 76 em Porangatu
Km 432 em Anápolis
Km 201 em Uruaçu
Km 515 em Aparecida de Goiânia
Km 699 em Itumbiara
Km 703 em Itumbiara
BR-158:
Km 157 em Caiapônia
BR-364:
Kms 06 em São Simão
Km 08 em São Simão
Km 112 em Aparecida do Rio Doce
Km 193 em Jataí
Km 197 em Jataí
Km 300 em Mineiros
BR-414:
Km 203 em Niquelândia
Km 394 em Corumbá de Goiás
BR-452:
Km 135 em Bom Jesus de Goiás
Km 196 em Itumbiara
A greve dos caminhoneiros afetam o setor produtivo e tem
provocado desabastecimento de combustíveis, alimentos e outros setores em
diversos Estados.
Carnes
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne
(Abiec) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa), informaram hoje
que 129 unidades produtivas de carnes bovina, suína e de aves já estão
paralisadas. A previsão das entidades é que, até a sexta-feira (25), mais de
90% da produção de proteína animal seja interrompida caso a situação não se
normalize, somando mais de 208 fábricas de diversos portes.
Os bloqueios nas rodovias impedem tanto o acesso dos insumos
necessários à produção quanto o escoamento de alimentos. De acordo com a Abiec
e a Abpa, diariamente, 1,2 mil containers de carne bovina deixam de ser
embarcados. No caso de carnes de frango e suínos, deixaram de ser exportadas 25
mil toneladas, o equivalente a uma receita de US$ 60 milhões. Da mesma forma,
os fornecedores de insumos também estão sendo impactados.
Supermercados
Alguns estados também já começam a sofrer desabastecimento
de alimentos, que poderá se estender para todo o Brasil nos próximos dias, “se
algo não for feito”, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados
(Abras). “A Abras está buscando sensibilizar o governo federal para que uma
solução seja tomada imediatamente. Evitando, assim, que a população sofra com a
falta de produtos de necessidades básicas e com uma eventual elevação nos
preços”, diz a entidade em nota. De acordo com a Associação Goiana de
Supermercados (Agos) alguns estabelecimentos vivenciando o efeito do
desabastecimento de alimentos. Nas redes sociais, internautas têm publicado
fotos em que muitos supermercados justificam em placas a falta de produto
ocasionado pela greve.
Gás de cozinha
Os protestos de caminhoneiros contra o preço do diesel
também já ameaçam o abastecimento de Gás Liquefeito de Petróleo, o gás de
cozinha, pelo país. Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras
de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), manifestou sua preocupação com a
possibilidade de desabastecimento do produto em todas as regiões do país,
podendo “causar prejuízos ao funcionamento de serviços essenciais, como
hospitais, escolas e creches, além de residências e o segmento empresarial.”
Correios
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos suspendeu
temporariamente as postagens das encomendas com dia e hora marcados (Sedex 10,
12 e Hoje).
Medicamentos
Cerca de 6,3 milhões de medicamentos, que atenderiam 90% do
território brasileiro e 2,4 milhões de consumidores, estão ameaçados de não
chegar ao destino final. O alerta é da Associação Brasileira de Redes de
Farmácias e Drogarias (Abrafarma). A entidade informou ainda que alguns
veículos foram apedrejados e os motoristas agredidos durante o percurso entre
os centros de distribuição e os pontos de venda.
Em nota, o presidente da Abrafarma, Sergio Mena Barreto,
afirmou que as principais dificuldades atingem os chamados medicamentos
termolábeis, que devem ser mantidos refrigerados e necessitam de temperatura
estável até o seu destino final: “algo impossível de ser garantido com um veículo
travado nas estradas”.
“Entendemos que protestos de qualquer categoria profissional
são legítimos, desde que não atinjam direitos básicos da população. Solicitamos
à coordenação do movimento grevista que entenda a importância de se manter a
população com acesso a produtos tão essenciais quanto medicamentos”.