Muito se fala em sustentabilidade e o uso ecológico de
produtos como garrafas pet, vidro, madeira, plásticos entre outros, o que ainda
parece ser novidade no Brasil é a importância do Bambu, tanto para a construção
ecológica como para outros usos nobres como móveis, objetos, alimentos,
despoluição de águas, etc.

O que poucas pessoas sabem é que até mesmo o 14-bis, famoso
avião construído pelo brasileiro, Santos Dumond, foi feito com este material.
Dada sua durabilidade, resistência, maleabilidade e flexibilidade. O bambu tem
infinitas possibilidades de utilização e pode ser plantado em quase todo tipo
de solo.

Para mostrar um pouco mais sobre esses benefícios e
utilidades da planta, durante o mês de junho, a Loja Colaborativa do Passeio
das Águas Shopping vai receber a Rede Bambu Goiás, projeto desenvolvido por
professores e mestrandos da Escola de Agronomia da Universidade Federal de
Goiás (UFG). O objetivo é divulgar a cultura do bambu e suas diversas
possibilidades de proveito.

Entre os itens artesanais disponíveis, estão talheres,
copos, canecas e outros utensílios de cozinha, além de cestas, arcos e flechas,
abridores de garrafa e até uma bicicleta feita de bambu, projeto exclusivo do
artista plástico e marceneiro goiano Silberto de Souza. Outra novidade que vai
mexer com o paladar é a conserva temperada de broto de bambu, receita exclusiva
produzida na Fazenda indaiá, em Caldas Novas.

Rede Bambu Goiás

O Projeto  começou com uma pesquisa feita pelo
professor Rogério Almeida para o uso de bambu em tratamento de esgoto,
juntamente com dois alunos de mestrado da Escola de Agronomia da Universidade
Federal de Goiás (UFG).

A rede Bambu Goiás busca estruturar a cadeia produtiva do bambu no
Estado, que ainda é bastante desarticulada. Ele também visa baixar o preço da
muda de bambu para aumentar a possibilidade de plantio, incentivar pequenos
produtores a cultivar a planta e conscientizar as pessoas a usarem o bambu como
matéria prima para artesanato, construção civil e até no alimento.

Na UFG, há projetos sendo desenvolvidos para o uso
energético do Bambu, como a produção de carvão, além de pesquisas sobre novas
espécies da planta, cuja ciência ainda não conhecia. Há também um projeto de
intercâmbio em parceria com a China, além de cursos, treinamentos, consultorias
e doações de mudas para incentivar o cultivo do bambu no Estado de Goiás.