Governo divulga nota sobre tarifas de importação para a China
País asiático sinalizou série de imposições ao governo brasileiro nesta sexta-feira (8)
O Governo Federal se pronunciou na noite desta sexta-feira (8) em relação à decisão do governo chinês em impor medidas antidumping provisórias às exportações brasileiras de produtos de frango.
Por meio de nota, os Ministérios de Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Relações Exteriores e Agricultura, Pecuária e Abastecimento lamentaram a decisão e ressaltaram que a participação das importações brasileiras representa cerca de 5% do mercado da China e, em nenhum momento, isto foi responsável por deslocar as vendas internas de produto chinês, que cresceram continuamente ao longo do período da investigação.
O Governo brasileiro ainda disse que tem participado ativamente da investigação de dumping conduzida pela China, em conjunto e em apoio a empresas brasileiras exportadoras para o mercado chinês e destacou que o Brasil manifestou formalmente, no âmbito da investigação, seu entendimento sobre a inexistência de dano aos produtores chineses de produtos de frango causado pelas exportações brasileiras e sobre a ausência de requisitos previstos na normativa da Organização Mundial de Comércio (OMC) que autorizem a imposição de medidas antidumping.
Ainda de acordo com o documento, o governo brasileiro seguirá em contato constante com as empresas exportadoras e a associação representativa do setor no Brasil, fornecendo todo o apoio necessário no transcorrer da investigação e atento ao fiel cumprimento dos acordos da OMC.
A decisão
A China anunciou nesta sexta-feira (8) que passará a impor direito antidumping provisório sobre as importações de carne de frango brasileira em um revés para as gigantes de proteína animal do país.
A decisão veio no momento em que os Estados Unidos pressionam Pequim a reabrir seu mercado para os produtos avícolas norte-americanos. Os importadores chineses de frango brasileiro desta forma terão que pagar depósitos de 18,8% a 38,4% do valor de suas compras a partir de 9 de junho, informou o Ministério do Comércio em um comunicado.