Aumenta o número de mortes por H1N1 para 62 no Estado
Goiás representa 25% dos casos registrados no País. Brasil registra 374 mortes. Campanha de vacinação segue até sábado (15)
Guilherme Melo
O último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde
do Estado de Goiás (SES/GO) informa que o caso de mortes pelos vírus da gripe
H1N1 subiu de 52 para 62, em 2018, no Estado. Contendo dados atualizados de 4
de junho, o boletim informa que os dados divulgados representam 25,5% do total
de óbitos em todo o Brasil, que é de 374 mortes.
O boletim ainda informa que, no Estado, outras cinco pessoas
morreram vítimas de H3N2, uma mutação do vírus Influenza e pela Influenza B.
Além de Goiânia, com o maior número de H1N1, (54), aparece Trindade (20), Rio
verde (5), Aparecida de Goiânia (17), Jataí (3) e Anápolis (13). A campanha de
vacinação para todos, que teve início dia 3 de junho, segue até sexta-feira (15),
priorizando crianças e grávidas.
Em Goiás está registrado, segundo a SES/GO, 374 casos de
infecção por H1N1, outras 41 por H3N2, três por Influenza B e uma por Influenza
A não subtipado. Mesmo com a quantidade de casos, a gerente de imunização da
Secretaria de Saúde de Goiânia (SMS), Grécia Pessoni, informa que o pior
momento já passou. “Nós não estamos mais em risco de epidemia, uma vez que
a gente vacina grande parte da população. Mesmo que seja apenas pessoas do
grupo de risco, a circulação viral diminui bastante”, pontua.
Vacinação
Segundo informações da SES/GO os grupos de riscos, como
crianças de seis meses à cinco anos de vida e as gestantes, ainda não atingiram
a meta de vacinação. Em média foram imunizados 86,83% (crianças) e 81,61%
(gestantes). Para o grupo de risco a campanha teve início dia 13 de abril e
terminaria no último dia 1º. Porém foi estendida pelo Governo Federal até dia
15 de junho, sábado. Lembrando que a vacina, também, protege contra H3N2 e
Influenza B.
O público-alvo da campanha de vacinação são crianças entre
seis meses e cinco anos, gestantes, puérperas, pessoas com 60 anos ou mais,
indígenas, trabalhadores da saúde, professores, portadoras de doenças crônicas
não transmissíveis, funcionários do sistema prisional e adolescentes e jovens
entre 12 e 21 anos que cumprem medida socioeducativa ou estão presos.
Segundo Grécia, por conta do aumento da procura, a população
em geral não deve ter acesso às vacinas.
“Nos outros anos acabava sobrando vacina, porque as pessoas do
grupo de risco não procuravam, mas esse ano isso foi diferente. Então como
essas pessoas procuraram a vacina, não vai sobrar doses para a população
geral”, explica.