Estado encerra campanha contra Influenza com doença sob controle
Os registros da SES-GO mostram que desde a 14ª Semana Epidemiológica (SE) deste ano, em 7 de abril, foram notificados 186 casos de SRAG, dos quais 59 por Influenza A H1N1 (31,3%)
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da
Saúde de Goiás (SES-GO), encerra a Campanha de Vacinação contra a Influenza e
as atividades do Comitê de Enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave
com a constatação de que as ações desenvolvidas em todo o território goiano
produziram resultados extremamente positivos. Os registros feitos pela SES-GO
apontam que os casos de Influenza A H1N1 em todo o Estado estão em queda
acentuada, o que indica situação de controle.
Secretário de Estado da Saúde de Goiás, Leonardo Vilela
vincula o controle dos casos de Influenza A H1N1 à efetivação de iniciativas
contínuas e pontuais. Desde a constatação dos primeiros casos e da confirmação
do surto na Vila São José Bento Cottolengo, em Trindade, em março, foi
desencadeada uma série de ações epidemiológicas, de manejo e controle da
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza A H1N1 e Vírus Sincicial
Respiratório, tanto na entidade filantrópica, quanto no município de Trindade e
em todo o Estado. “Agimos prontamente para chegarmos ao controle da doença em
Goiás”, assinala o secretário.
Leonardo Vilela destaca como de extrema relevância no
combate à Influenza A H1N11 o fato de o governador José Eliton ter solicitado
pessoalmente ao Ministério da Saúde (MS) a antecipação da Campanha de Vacinação
contra a Influenza em Goiás.
Sensível à gravidade da situação, o ministro da Saúde,
Gilberto Occhi, atendeu ao pedido do gestor goiano. A campanha teve início no
dia 13 de abril, dez dias antes de a ação ocorrer nos demais Estados.
Meta superada
Entre os bons resultados proporcionados pelas ações está o
fato de Goiás ter superado a meta de vacinação definida pelo Ministério da
Saúde e estar em primeiro lugar em cobertura entre os Estados. Em Goiás, já
foram imunizados 104.10% do público-alvo, um total de 1.765.999 pessoas
vacinadas. Embora a campanha tenha se encerrado no Estado, os municípios
goianos que ainda dispõem de vacinas em estoque e que não atingiram a meta para
alguns grupos prioritários – como gestantes e crianças de 6 meses a menores de
5 anos – vão continuar vacinando até o dia 22 de junho, data estabelecida pelo
MS.
A gerente de Vigilância Epidemiológica da SES-GO, Magna
Maria de Carvalho, explica que a sazonalidade do vírus Influenza em Goiás –
período típico de aumento na circulação de determinado agente – aconteceu antes
que nos demais Estados. “Não há como não termos casos de influenza. O vírus tem
circulação mundial e, embora haja um aumento de casos no inverno, em Goiás os
casos são registrados durante todo o ano, com pico geralmente no outono”,
explica Magna Carvalho. “O que faz a diferença é o preparo para atender os
pacientes, estarmos atentos e disponibilizarmos medidas de prevenção e
assistência à população”, acrescenta.
Leonardo Vilela lembra que na Vila São Bento Cottolengo,
onde foram notificados os primeiros casos da doença e a posterior constatação
de surto, foram adotadas as medidas fundamentais como vacinação de pacientes e
funcionários, qualificação das equipes, assistência às pessoas que apresentavam
a doença, isolamento dos internos em uma ala específica e suspensão das visitas
de familiares, amigos e população em geral à entidade filantrópica.
O Governo de Goiás, por meio da SES-GO, também supriu os
municípios com medicamentos antivirais, para atendimento das pessoas que
apresentavam sintomas característicos da doença; efetivou uma logística de
distribuição de vacinas, medicamentos e insumos de forma efetiva; organizou e
abasteceu o Laboratório Estadual Central de Saúde Dr. Giovanni Cysneiros,
referência no Estado para a realização dos exames que confirmam ou descartam
das notificações da influenza, e disponibilizou leitos de retaguarda nas
unidades públicas para a internação das pessoas com Influenza A H1N1.
Qualificação dos profissionais
Além de Goiás ser o único Estado onde ocorreu a antecipação
da vacinação, Leonardo Vilela enumera que a SES-GO promoveu a qualificação dos
profissionais envolvidos direta e indiretamente na campanha e desenvolveu uma
estratégia de comunicação eficiente e transparente com toda a população. Todas
essas medidas, assinala Leonardo Vilela, contribuíram para o controle dos casos
de SRAG, para a diminuição das notificações nas últimas semanas, para a
estabilização do quadro e para a superação da meta da Campanha de Vacinação
contra a Influenza.
Número de casos
Os registros da SES-GO mostram que desde a 14ª Semana
Epidemiológica (SE) deste ano, em 7 de abril, foram notificados 186 casos de
SRAG, dos quais 59 por Influenza A H1N1 (31,3%). O número de registros está em
queda desde então. Na SE 21, em 26 de maio, foram notificados 29 casos de SRAG,
dos quais 6 por Influenza A H1N1 (20%). Tais dados já demostram o resultado
positivo da antecipação da vacinação.
O menor número de óbitos é consequência de todo o alerta
dado, ocasionando o diagnóstico precoce e tratamento dos pacientes, resultado
da percepção de sazonalidade anterior goiana, em relação ao restante do país.
Esse quadro epidemiológico da SRAG foi apresentado na última reunião do Comitê
de Enfrentamento à Influenza no dia 30 de maio.
No encontro, foi feita a apresentação final do surto de
Influenza A (H1N1) e Vírus Sincicial Respiratório na Vila São José Bento
Cottolengo; apresentada a situação atual de SRAG/Influenza no Estado e
realizadas avaliações sobre as medidas adotadas, lições aprendidas e
perspectivas da vigilância quanto à sazonalidade do vírus Influenza em Goiás. O
monitoramento de SRAG/Influenza é contínuo no Estado e o Comitê é sempre
acionado frente a situações de aumento de casos.