Autoridades russas preocupam-se com “terrorismo por telefone”
Em tentativas semelhantes no fim de 2017, quatro suspeitos chegaram a ser identificados, no interior do país
A polícia russa registrou nesta terça-feira (27) cerca de 15 registros de chamadas de estabelecimentos que haviam recebido denúncia de bombas.
Na data, acontecia a partida entre Croácia e Islândia em Rostov-do-Don, e como medida de segurança, foi feita a evacuação de bares, hoteis, restaurantes e outros locais da cidade que pudessem comportar aglomerações.
Nenhuma das denúncias, entretanto, era verdadeira. O episódio reacendeu um velho drama do país: o do “terrorismo por telefone.
No fim do ano passado, uma grande campanha de ameaças de bomba na região de Moscou fez com que a polícia organizasse operações semelhantes em shoppings, prédios públicos e em hoteis, promovendo uma das mais agressivas ações do gênero no continente.
Quatro suspeitos chegaram a ser identificados, no interior, e usavam o Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla russa, e sucessor da KGB soviética), mas nenhuma prisão foi efetuada.
Como alvo frequente do terrorismo ao longo de sua história, desde os tempos da União Soviética e dos múltiplos ataques feitos por grupos islâmicos da região do Cáucaso, as autoridades não tratam o tema em tom de brincadeira.
Segundo representantes do governo Putin, uma copa sem defeitos e passível de elogios seria um aspecto essencial para o presidente Putin e sua imagem fora do país. Embora seja aclamado na Rússia, Putin é alvo de críticas e de olhares desconfiados da comunidade internacional.