Mergulhador morre durante resgate de adolescentes em caverna
A vítima morreu ontem (5) ao ficar sem oxigênio enquanto retornava do local onde estão os meninos
As autoridades da Tailândia confirmaram nesta sexta-feira (6) a morte de um mergulhador das equipes de salvamento que tentam resgatar os 12 adolescentes e um adulto, presos em uma caverna do norte do país desde o dia 23 de junho.
A vítima, ex-integrante do corpo de elite da Marinha, de 38 anos e identificado como Samarn Kunan, morreu ontem (5), ao ficar sem oxigênio enquanto retornava do local onde estão os meninos.
“A morte desse especialista serve para mostrar a dificuldade dos trabalhos de resgate. Apesar desta morte, não vamos parar de trabalhar para resgatar o grupo”, disse, em entrevista coletiva, Passkorn Boonyaluck, vice-governador da província de Chiang Rai, onde está localizada a caverna.
Samarn Kunan perdeu a consciência quando retornava para um acampamento provisório, a cerca de 1,7km dos meninos, após completar a missão de transportar cilindros de oxigênio comprimido até a área onde está o grupo. As tentativas de reanimá-lo não funcionaram.
O corpo de Kunan foi levado para a cidade de Sattahip, no sudeste, onde ocorrerá o funeral.
A quantidade de oxigênio na caverna caiu para 50%, informaram hoje as autoridades, que têm como objetivo ampliar as reservas.
As equipes de resgate analisam duas opções para a saída dos meninos: mergulhar pelas passagens inundadas ou encontrar um buraco na montanha por onde poderiam ser retirados com a ajuda de um helicóptero.
O bom tempo e a drenagem artificial das águas que inundam parcialmente a caverna abriram a possibilidade de uma tentativa de resgate.
As autoridades relutam em anunciar uma data para o início das operações, embora garantam que vão prosseguir gradualmente, tirando primeiro os jovens em melhores condições físicas e psicológicas.
O grupo – composto por 12 adolescentes entre 11 e 16 anos e um adulto de 26 – foi localizado na noite da última segunda-feira (2) em uma ilha de terra firme, a cerca de 4 quilômetros dentro da caverna, após nove dias de intensa busca da qual participaram mais de 1.300 pessoas.
Os militares, entre eles um médico e um psicólogo, cuidam dos garotos com suplementos energéticos e vitaminas. Apesar de visivelmente magros, estão em bom estado de saúde.
(Agência Brasil)