Abatedouros de frango da BRF em Goiás podem ser fechados
O anúncio do fechamento foi confirmado pelo vice-presidente da empresa, Jorge Lima, em audiência pública realizada no mês passado na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária
Da Redação
A preocupação dos produtores de aves da região Sudoeste do Estado é grande devido a possibilidade de fechamento de abatedouros de frango da BR Foods. A empresa, que detém marcas como Perdigão e Sadia, estaria notificando os produtores sobre o encerramento das linhas de produção na cidade de Mineiros, o que trará um prejuízo bilionário para a economia local e estadual.
Garante o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), Bartolomeu Braz onde explica que os 727 aviários que existiam na região de Mineiros tiveram as atividades encerradas. De acordo com ele, de início, a fábrica da cidade abatia 9 mil animais por dia com direito a 2,3 funcionários diretos. Mas após o fechamento do abate dos perus, 500 colaboradores foram demitidos.
O anúncio do fechamento foi confirmado pelo vice-presidente da empresa, Jorge Lima, em audiência pública realizada no mês passado na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), cujo objetivo foi debater os impactos da atuação da companhia no estado de Goiás. Durante a audiência, os representantes sinalizaram o interesse que o abate de peru também seria encerrado em Rio Verde.
Bartolomeu salienta que para reverter esse quadro, a sugestão seria que substituíssem o abatedouro de peru por frangos, e com isso, não iria haver redução de funcionários e ninguém seria prejudicado. Mas, depois de 25 dias de audiência, 16 núcleos que criam frangos receberam notificação da empresa sobre o encerramento das atividades do abate. Outros 25 também seriam fechados, contabilizando a interrupção de 41 aviários.
Bartolomeu realça que esse número pode representar 18% da geração de emprego da região. A Cidade de Mineiros depende da produção vinculada à BRF. Para concluir, Braz diz que uma nova reunião foi marcada e ofertaram que a média de abate fosse diminuída de 6,2% para 5,2%, que impactaria na economia de R$ 15 milhões para a BRF.