Quando a Carne Doce surgiu, há cerca de cinco anos, talvez as expectativas do grupo não fossem tão amplas. O som e a poesia criados pelo quinteto, liderado por Salma Jô, viram florescer vertiginosamente uma outra cena do chamado “celeiro do rock”, que também alavancou nomes como os Boogarins, grandes parceiros.

Veterana nesta longa estrada da vida – aqui também uma clara ironia com versos do sertanejo, que a mídia insiste em contrapor ao rock em uma disputa que beira o geopolítico – a banda agora colhe outros frutos.

Depois de se fazer ser ouvida com seus dois primeiros discos (o segundo deles, “Princesa”, um dos mais elogiados de 2016 nas principais listas de melhores do ano), a banda lança nesta terça-feira (17) o disco “Tônus”, seu terceiro álbum de estúdio.

Com patrocínio do edital Natura Musical, que além de bandas e artistas também passou beneficiar a partir de 2018 o financiamento de festivais, o disco foi um dos selecionados 21 projetos entre 1.618 propostas recebidas nesta edição.  

Talvez o trabalho mais sincero, poético e introspectivo do grupo, “Tônus” traz canções que tratam entre outros temas da maturidade do amor, o sexo e a própria cena independente: tudo sem deixar a perspectiva feminina de lado.

O álbum está disponível em todas as plataformas de streaming e pode ser ouvido no player abaixo: