Goiás avança na gestão de recursos hídricos
Adutora deve ser concluída até dia 31 de agosto, com o objetivo de integrar o sistema João Leite para aumentar a capacidade do sistema de captação do rio Meia Ponte
O maior rigor no controle do uso da água e a conclusão de uma adutora de ligação entre os sistemas Meia Ponte e Mauro Borges são avanços na gestão dos recursos hídricos em Goiás, questão que está entre as cinco maiores prioridades do estado e que são monitoradas junto às áreas competentes pelo Gabinete de Assuntos Estratégicos (GAE).
Para concluir uma adutora especial, que está em fase adiantada, representantes da Saneago, Celg GT e Enel estão avaliando uma questão técnica que envolve a proximidade das linhas e cabos elétricos com a tubulação metálica da adutora.
A interligação entre os sistemas Meia Ponte e João Leite, responsáveis pelo abastecimento de água potável da capital, vai ser efetivada a partir da conclusão dessa adutora de grande porte na região Norte de Goiânia.
A obra tem o valor global de 18 milhões e está a cargo da Saneago. A instalação possui tubulações em ferro e nesse ramo final, elas estão próximas de linhas de transmissão e cabos de aterramento, o que segundo os especialistas envolvidos, é objeto de um estudo técnico.
O tema foi pauta de reunião entre o secretário do GAE, Ricardo Balestreri, e gestores e técnicos das empresas e estatais, que demonstraram a necessidade de uma análise no local para a posterior relocação de cabos ou torres elétricas.
O GAE solicitou à Saneago um cronograma desse parecer, a fim de proporcionar total segurança operacional à construção. “Para fechar esse estudo, teremos a validação do maior especialista do país no assunto”, afirma Ricardo Correia, diretor de Obras da Saneago.
Mais água
A adutora deve ser concluída até dia 31 de agosto, com o objetivo de integrar o sistema João Leite para aumentar a capacidade do sistema de captação do rio Meia Ponte, afetado pela redução de volume das chuvas na Região Centro Oeste.
“Com a obra, não haverá mais tanta dependência do clima; a vazão de água advinda da interligação que estamos concluindo, vai manter o abastecimento para Goiânia e também Aparecida de Goiânia” explica Ricardo Correia, diretor da Saneago.
De acordo com o secretário Balestreri, a interligação dos sistemas é um investimento significativo para prover o abastecimento da população, mas outro foco do governo é o estimulo ao uso racional de água, e isso de maneira ampla, para todos os segmentos que a utilizam, como o setor produtivo, por exemplo.
“Não se pode confundir a racionalização com racionamento. O que estamos propondo é racionalizar por meio de maior rigor no controle de acesso e utilização das fontes e dessa forma, poder caminhar para a recuperação do rio Meia Ponte”, explicou ele.