Governo diz que supostos envolvidos em ataque foram presos
Venezuela acusa Colômbia de estar por trás do suposto atentado
O governo da Venezuela informou neste domingo (5) que seis supostos envolvidos em um atentado ao presidente do país, Nicolás Maduro – ocorrido ontem (4) durante uma comemoração com militares em Caracas e que deixou sete feridos, três deles em estado grave – foram presos, e que todos os autores materiais e intelectuais foram identificados.
“Temos até agora seis terroristas e assassinos detidos, vários veículos apreendidos, e foram feitas várias buscas e apreensões em hotéis da capital do nosso país, onde houve coleta de importantíssimas evidências”, disse à rede de televisão estatal VTV o ministro do Interior, Néstor Reverol.
Nicolás Maduro afirmou que o chefe de Governo da Colômbia, Juan Manuel Santos, está por trás do suposto atentado que sofreu neste sábado.
“Esclarecemos a situação em tempo recorde, e se trata de um atentado para me matar, tentaram me assassinar e não tenho dúvida de que tudo aponta para a direita, a extrema-direita venezuelana em aliança com a extrema-direita colombiana e que o nome de Juan Manuel Santos está por trás deste atentado, não tenho dúvidas”, disse Maduro.
O presidente venezuelano fez as declarações em pronunciamento em rede obrigatória de rádio e televisão, cerca de três horas depois do incidente no qual ficaram feridos sete militares.
“A sanha assassina da oligarquia colombiana e tenho certeza aparecerão todas as provas, mas os primeiros elementos de investigação apontam para Bogotá”, reiterou.
Maduro comentou que o atentado aconteceu após anúncios “do final do regime de Santos”. “É que Juan Manuel Santos entrega a presidência no dia 7 de agosto e não pode ir embora sem fazer uma piada com a Venezuela, sem dar um prejuízo, uma maldade contra a Venezuela”, disse Maduro.
Um grupo anônimo chamado Soldados de Flanela reivindicou a autoria da Operação Fênix, nome com o qual identificaram o atentado contra Maduro.
De acordo com o ministro de Informação da Venezuela, Jorge Rodríguez, vários drones armados com explosivos detonaram perto de onde Maduro fazia um discurso pela comemoração dos 81 anos da Guarda Nacional Bolivariana (GNB).
A transmissão pela televisão mostrou os militares formados romperem fileiras e retirarem o ministro da Defesa, Vladimir Padrino. Ao lado de Maduro, além de Padrino e da primeira-dama, Cilia Flores, havia representantes de todos os Poderes do país.
Colômbia
A Presidência da Colômbia assegurou que carece de base a afirmação do líder venezuelano, Nicolás Maduro, de que o chefe de Estado colombiano, Juan Manuel Santos, é o responsável do suposto atentado na atrde deste sábado contra ele em Caracas.
“Isso não tem base. O presidente está dedicado ao batismo da sua neta, Celeste, e não a tombar governos estrangeiros”, disse a jornalistas uma fonte da Presidência colombiana.
(Agência EFE)