Desarticulada quadrilha suspeita de tráfico de armas e drogas
A quadrilha movimentava cerca de R$ 10 milhões por mês. Parte da organização atuava de dentro de presídios e os outros envolvidos levavam uma vida de luxo
Da Redação
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), prendeu um grupo suspeito de traficar armas e drogas para Santa Catarina e favelas no Rio de Janeiro. O resultado da Operação Espectro foi apresentado à imprensa nesta segunda-feira (6).
De acordo com as investigações, a quadrilha movimentava cerca de R$ 10 milhões por mês. Parte da organização atuava de dentro de presídios e os outros envolvidos, que estavam soltos, levavam uma vida de luxo.
A operação, realizada na última sexta-feira (3) prendeu, ao todo, quatro pessoas. Webert Amaral Dias, que se passava por empresário em Goiânia, e Kleber Marques Correia foram detidos em Goiás, Thiago Alves de Sousa em Mato Grosso, e Maycon Giovani Caetano em Santa Catarina. Além deles, André Luis de Oliveira Lima, que já está preso em Santa Catarina, e Hudson Dias Oliveira Filho, que cumpre pena em Aparecida de Goiânia, também são apontados como membros dessa facção criminosa.
“O que nos chamou a atenção foi um grupo de Goiás abastecendo com drogas e armas favelas no Rio de Janeiro. Com o dinheiro, eles levavam uma vida de luxo, morando em condomínios fechados, frequentando bons restaurantes para se passar por empresários”, disse o delegado Francisco Costa, adjunto da especializada.
Com o grupo foram apreendidos oito veículos de luxo, que somam cerca de R$ 700 mil, oito armas, munição, máquinas para contar dinheiro e cerca de R$ 200 mil em dinheiro vivo. “Eles movimentavam uma quantia muito grande. Comercializavam uma tonelada de pasta base de cocaína por mês em Goiás. Em uma única conta de laranja, nós identificamos uma movimentação de R$ 135 milhões em um ano”, completou.
A investigação durou cinco meses e mostrou que os membros tinham papel definido no esquema, como conseguir armas desviadas da Bolívia e que entravam no País pelo Paraguai ou lavar o dinheiro do crime. Segundo a polícia, esse grupo chefiava o tráfico de drogas e armas para uma facção criminosa em Goiás e é responsável por cerca de 20% dos homicídios na Grande Goiânia.