Centro Cultural Octo Marques recebe Exposição Fiotim
Além das 40 obras de Jorge K, a mostra é acompanhada de brinquedos esculturas.
Da Redação
Uma arte inusitada, divertida e irreverente aporta em Goiânia. Trata-se da Exposição Fiotim – O Museu em Movimento, uma fábula-instalação criada pelo artista Jorge Fonseca, também conhecido como Jorge K.
A mostra estará em cartaz a partir do dia 16, quinta-feira, nas galerias Frei Nazareno Confaloni e Sebastião Reis, que funcionam no Centro Cultural Octo Marques, unidades da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce).
A exposição será aberta às 19 horas, seguida de uma performance do artista, às 19h30, ao som do DJ Fabrício Roque, conhecido em Goiânia e no Distrito Federal por suas performances contemporâneas musicais.
O público poderá conferir a mostra até o dia 1º de outubro, de segunda a sexta-feira, das 9 às 12 horas, e das 14 às 17 horas, com entrada gratuita. No dia 21, terça-feira, Jorge K lança, também no Octo Marques, o catálogo da mostra.
O Fiotim é um projeto de Jorge K que nasceu inspirado em visita feita pelo artista ao Instituto Inhotim, em Minas Gerais. A partir de então, o ‘arteiro-viajante’ se lançou na missão de fazer miniaturas de tudo o que viu. Mesmo sem entender muito do oficio e dispor de poucos recursos, produziu, à sua maneira, uma série de souvenirs – imitações dos objetos de adoração.
O trailer que abriga a instalação, com ares de circo e parque de diversões, possui em sua parte externa um jardim artificial composto por gramado, plantas, flores, aves, paisagens, fontes, lâmpadas coloridas, cataventos e muito sonho e, internamente, 40 obras de arte – releituras feitas em miniatura das obras monumentais de Inhotim. E se faz acompanhar pelo Parque Everland, composto por vários brinquedos que são esculturas interativas chamadas de ‘objetos estéticos relacionais’, como a Máquina de Abrir Sorrisos, o Realizejo, o Renascedouro, a Máquina de Fazer Arte e a Curatriz – a Contextualizadora Voraz, entre outros.
Além do Museu-Galeria e do Parque Everland, compõem a exposição imagens de momentos e apresentações do Fiotim em diversos locais, registrados pelas lentes dos fotógrafos Joyce Fonseca, Biel Machado, Mauricio Seidl, Vinícius Terror, Paulo Salgado, Thatyanna Mota, Thaís Andressa e Markileide Oliveira, e pelos vídeos de Julliano Mendes. A exposição tem curadoria da artista Rachel Falcão, pesquisadora, professora e coordenadora do Núcleo de Arte da Fundação de Arte de Ouro Preto.
A produção em Goiânia é da produtora Kátia Barreto, da Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico da Seduce, que traz, pela segunda vez, o artista à capital, depois da exposição Amor, realizada em 2000, na Galeria Frei Confaloni, unidade da Seduce.
O artista:
Jorge Fonseca é mineiro da cidade de Conselheiro Lafaiete, ex-marceneiro e maquinista de trem. Artista autodidata foi premiado no 53° Salão Paranaense (1996), no Salão de Arte Contemporânea de Campos (RJ, 1996) e no Salão Nacional de Arte de Goiás, 2002 (prêmio aquisição que integra atualmente parte do acervo Museu de Arte Contemporânea – MAC Goiás).
Em 2009, recebeu da Fundação Pollock-Krasner, de Nova York, uma “bolsa de estímulo à produção” – por mérito e conjunto da obra. Em 2016, conquistou o 1º lugar no Prêmio Funarte Conexão Circulação Artes Visuais. Em 2017 foi indicado ao Prêmio PIPA e venceu o Prêmio PIPA OnLine – pela votação popular.
Atuou também como designer de moda e de móveis, arte-educador, diretor de criação e produção de grupos de artesãos, dirigente de organização não governamental, idealizador e coordenador de projetos sociais e professor convidado, por notório saber, do Departamento de Artes da Universidade Federal de Juiz de Fora. Vive e trabalha em Ouro Preto.