Curso capacita acompanhantes para cuidar de pacientes após alta
Programa ‘Cuidar Mais’ já orientou 108 acompanhantes em seus 15 encontros
Da Redação
Enquanto o paciente encontra-se em uma unidade de saúde ele recebe o atendimento necessário para sua recuperação por meio de uma equipe especializada, mas, em determinados casos, ainda precisará de cuidados em casa após a alta hospitalar. Para prover as condições ideais para esses cuidados no lar, o Hugol – Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira desenvolveu, em maio de 2018, o Cuidar Mais, programa que já orientou 108 acompanhantes em seus 15 encontros.
Anderson Leite é acompanhante da mãe, Nivaldina Leite, que foi internada no hospital em 18 de julho. Ele completou parte do programa e afirma que já consegue aplicar na prática os conhecimentos adquiridos: “Esse curso, o atendimento humanizado da equipe e a estrutura do hospital são excelentes. É claro que queremos levar a pessoa amada pra casa, mas sem o conhecimento técnico para cuidar ficamos inseguros. Agradeço por tudo – esse é um pedaço do Brasil que funciona e precisamos de mais exemplos como o Hugol”.
O curso é dividido em três módulos, com reuniões de orientação realizadas às terças-feiras. Os módulos contam com profissionais que esclarecem aos acompanhantes assuntos sobre suas especialidades: primeiro módulo – equipe médica e psicologia; segundo módulo – serviço social, fonoaudiologia e enfermagem; terceiro módulo – nutrição, terapia ocupacional e fisioterapia. Se o participante faltar a algum módulo, ele poderá retornar em uma outra data disponível para finalizar o curso e receber seu diploma simbólico de habilitação para cuidar do paciente.
“O intuito do programa é conceder uma alta responsável dos pacientes do Hugol, capacitando os familiares e realizando as orientações necessárias sobre os cuidados que os pacientes necessitam após sua internação”, explica a fisioterapeuta do Hugol, Tattyane Brandão.
O Cuidar Mais é destinado para um público específico, como explica a assistente social do hospital, Janine Veiga: “O perfil dos orientados, para esse processo que chamamos de desospitalização, é de acompanhantes que estão com um paciente com grau alto de dependência, demandando por cuidados com dispositivos de traqueostomia ou acamados, por exemplo”.