Grupo que terceirizava equipamentos para roubo a banco é preso
Além de fornecer meios para assaltos a bancos, um deles fingia ser policial lotado na DERFRVA
Da Redação
Dois homens foram presos em Goiânia, nesta segunda-feira
(20) pelo Grupo Antirroubo a Bancos, da Delegacia Estadual de Investigações
Criminais (GAB/Deic) suspeitos de usar uma empresa como fachada para locar
materiais utilizados em roubo a banco. Também foram apreendidos veículos e
objetos os quais, de acordo com denúncia anônima, eram utilizados como meios
para a realização de explosões de caixas eletrônicos.
De acordo com a denúncia, um estabelecimento comercial
supostamente locaria instrumentos comumente utilizados no corte de caixas
eletrônicos e forneceria artefatos explosivos para grupos criminosos envolvidos
em explosões de caixas eletrônicos.
Foram apreendidas sete motocicletas com restrições de roubo
e furto, além de indícios de adulteração dos sinais identificadores, furadeiras
eletromagnéticas, serra-copo e maçaricos, ferramentas rotineiramente utilizadas
em crimes contra instituições financeiras.
Helmar Magalhães dos Santos, proprietário da empresa
investigada, foi preso e autuado pelo delito de receptação qualificada. Também
foi detido Rômulo Ferreira Barbosa, que se apresentava falsamente como policial
civil lotado na Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos
de Automotores (DERFRVA). Ele foi preso por fingir ser funcionário público,
infração prevista no Artigo 45 da Lei de Contravenções Penais.
Erivanaldo Aves de Souza, ex-funcionário da empresa que se
encontra no cumprimento de regime aberto com tornozeleira eletrônica por roubo,
foi conduzido na condição de investigado. As diligências continuam com o
objetivo de verificar a procedência da denúncia inicial, assim como checar a
destinação final das motocicletas apreendidas.
Os suspeitos negaram o crime, mas foram presos em flagrante
por receptação qualificada. “Eles foram autuados por receptação, devido às
motos encontradas, e o material utilizado nas explosões de roubo a banco foi
apreendido para ser feito perícia, porque um dos autores já tem várias
passagens por estelionato, por furto, e o outro por apropriação indébita”,
ressalta a delegada Karla Fernandes, do Grupo de Repressão a Roubos (GARRA) da
Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC).
As buscas continuam para verificar quem fez a denúncia inicial
e qual seria a destinação final das motocicletas apreendidas. Os dois presos
passaram por audiência de custódia nesta terça-feira (21).