Projeto de ressocialização amplia vagas de reeducandos na Capital
Iniciativa inclui mais 50 presos do regime aberto e semiaberto, gerando resultados positivos na gestão penitenciária
Da Redação
O Projeto Recuperando Pessoas e Parques iniciou nesta quarta-feira (22) a ampliação dos serviços em Goiânia. A iniciativa que utiliza a mão de obra carcerária como forma de reinclusão social nos cuidados dos parques da capital completa 100 dias e terá novos reeducandos trabalhando na manutenção dos cemitérios municipais de Goiânia.
A solenidade ocorreu no Bosque dos Buritis, um dos locais que recebe os cuidados dos reeducandos, e contou com a presença do diretor-geral de Administração Penitenciária, coronel Edson Costa, do procurador-geral de Justiça Benedito Torres, do promotor de Justiça da Execução Penal Marcelo Celestino, bem como de representantes da prefeitura e do Conselho da Comunidade de Aparecida de Goiânia.
A iniciativa é uma parceria entre a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), Ministério Público, por meio da 25ª Promotoria de Goiânia, Prefeitura de Goiânia e Conselho da Comunidade de Aparecida de Goiânia. De acordo com o idealizador do projeto, promotor Marcelo Celestino, o baixo índice de reincidência criminal e as pesquisas de satisfação realizada entre os frequentadores do parque e os reeducandos garantem o sucesso do projeto.
“O índice de reincidência de 2% é muito abaixo do que a média nacional, que é de 35%. Mostramos o sucesso deste projeto por meio de uma entrevista pública que indica a satisfação dos usuários do parque”, detalhou Celestino, acrescentando que a ampliação do projeto incluirá 50 novos reeducandos dos regimes semiaberto e aberto, que vão trabalhar na manutenção dos quatro cemitérios municipais de Goiânia.
Para o diretor-geral de Administração Penitenciária (DGAP), coronel Edson Costa, é preciso trilhar os caminhos para que os reeducandos tenham um retorno satisfatório à sociedade. “Nós precisamos de projetos como esse que tem resultados positivos na gestão penitenciária. O caminho de volta para a sociedade precisa acontecer e é importante que estejamos conscientes disso e que nós, sociedade e estado, criemos condições de trilhar os caminhos necessários”, ressalta.
“O estado tem que ter duas mãos, uma para apoiar, para direcionar e encaminhar, mas também temos que ter a mão forte para àqueles que infelizmente têm dificuldade de compreender este momento, precisamos ter um sistema prisional que funcione”, destaca.
Os reeducandos empregados neste projeto são remunerados e podem contabilizar os dias trabalhados para remição da pena. A DGAP e o Ministério Público pretendem levar o projeto para outros municípios. Em Aparecida de Goiânia e Senador Canedo as tratativas estão avançadas e em breve outros reeducandos terão oportunidades de trabalho.