Sabrina Moura*

Não é preciso ter um animal de estimação em casa para conhecer os benefícios que eles trazem para a vida dos seres humanos. O amor puro e incondicional dos pets é inexplicável, e esse sentimento de afeto mútuo não deixa dúvidas do bem que a presença de um cão ou gato pode gerar para seus tutores.

Segundo a médica veterinária doutora Kellen Oliveira, os animais comprovadamente melhoram a saúde mental, psicológica e física dos seres humanos. “Eles podem reduzir a solidão, promovendo interações entre pessoas. Reproduzem um ambiente familiar em famílias pequenas ou solitárias”, diz ela.

São vários os benefícios desde a fase infantil até a geriatra. Crescer com um animal de estimação pode trazer benefícios sociais, emocionais e educacionais a crianças e adolescentes. Meninos e meninas que convivem com pets tendem a ter autoestima mais elevada, se sentem menos sozinhos e têm mais habilidades sociais. Aqueles que crescem com pets costumam demonstrar mais empatia com os colegas, e estão mais envolvidos em atividades como esportes e brincadeiras. Na escola, as pesquisas sugerem que os animais podem ajudar as crianças a aprender, mantendo-os interessados e motivados a terem bons comportamentos.

Estudos demonstram que, quando mais cedo a criança é exposta a animais, elas têm menos chance de desenvolver alergias. Outro benefício, segundo Kellen, é em relação ao senso de coletivo e responsabilidade que a criança adquire quando a mesma precisa cuidar de um animais de estimação.

Na idade adulta, os animais auxiliam em doenças crônicas, minimizam a solidão e auxiliam em perdas ou traumas. Cães são estimuladores de caminhadas ou exercícios físicos, o que reduz o risco de doenças cardíacas e obesidade.

A profissional lembra que, quando ficamos mais velhos, o impacto de um animal de estimação pode ser ainda mais poderoso. Segundo ela, os pets, especialmente os cachorros, oferecem oportunidades e motivação para idosos como a prática regular de atividade física. Exercícios regulares não só ajudam a manter e melhorar o funcionamento físico, mas também reduzem as chances de doenças ligadas ao sedentarismo. Por isso idosos com cães fazem mais amizades e ficam menos doentes.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação da editora Flávia Popov