Arqueólogos acham pedra de 2 mil anos em Israel
Pedra, com inscrição “Jerusalém”, será exibida ao público no Museu de Israel
Especialistas da Autoridade de Arqueologia de Israel (AAI) encontraram uma pedra com uma inscrição de 2 mil anos de idade na qual se lê “Jerusalém” em hebraico.
Localizada em uma escavação sob o Centro de Convenções de Jerusalém (BinyaneiHa’Uma) durante a reforma de uma estrada, a pedra será exibida ao público no Museu de Israel, em Jerusalém.
O texto, no qual se lê “Hananiah, filho de Dódalos de Jerusalém”, é o mais antigo em hebraico com o nome da cidade santa de forma completa e como se pronuncia hoje.
A pedra estava em uma coluna de um edifício romano, onde aparece a inscrição aramaica, escrita em letras hebraicas caraterísticas da época do Segundo Templo (século I d.C.) e os especialistas afirmam que data da época do reinado de Herodes, o Grande.
Emoção
“Como morador de Jerusalém, me sinto emocionado por poder ler esta inscrição, feita há dois mil anos, especialmente quando penso que será acessível a todas as crianças que conseguem ler e que usa o mesmo alfabeto usado há dois milênios”, afirmou, em comunicado, o professor Ido Bruno, diretor do Museu de Israel, em referência à recuperação do idioma hebraico após o nascimento do Estado de Israel.
“As inscrições da época do Primeiro e Segundo Templo mencionando Jerusalém são escassas. E mais raro ainda é que esteja escrita completamente da forma como fazemos hoje, já que, normalmente (o nome da cidade), aparece abreviado”, afirmou o arqueólogo Yuval Baruch, da AAI, e Ronny Reich, professor da Universidade de Haifa.
“Esta é a única inscrição em pedra do período do Segundo Templo onde aparece soletrada totalmente. Só foi encontrada (a palavra completa) em outro lugar, em uma moeda da Grande Revolta contra os romanos (66-77 d.C.)”, acrescentou.
Além da inscrição, o Museu de Israel também colocará em exposição um mosaico grego do século VI d.C., localizado nos arredores da Cidade Velha de Jerusalém e que lembra a construção de um edifício público bizantino por parte do imperador Justiniano, e a cobertura de um sarcófago do século XI d.C., com uma inscrição “Filho do Grande Sacerdote” em hebraico. (Agência Brasil)