O dilema entre parentes e partilhas
‘Ele Ainda Está Aqui’, com Luana Piovani, chega à Capital. Thelmo Fernandes e Omar Menezes completam o elenco
GABRIELLA STARNECK
ESPECIAL PARA O HOJE
Três irmãos que se cruzam para discutir o futuro a partir do que lhes resta no presente, a herança de seu falecido pai. Resumidamente esse é o enredo de Ele Ainda Está Aqui, que será interpretado por Luana Piovani, Thelmo Fernandes e Omar Menezes, neste sábado (20) e no domingo (21), no teatro Madre Esperança Garrido. Além de Goiânia, o espetáculo já tem temporada confirmada em outros estados e até mesmo países – como Portugal, Angola, Cabo verde, Moçambique, Guiné Bissau e São Tomé.
“A importância de apresentar Ele Ainda Está Aqui, no Brasil e no exterior, é rodar palcos e conhecer novos públicos. Quem gosta de teatro se encanta com isso”, afirma Luana Piovani ao Essência. A atriz ainda brinca que a expectativa é ganhar “euros, Kwanzas e dólares – tem uma fala que digo exatamente isso na peça”. A direção do espetáculo é de Silvio Guindane.
Ele Ainda está Aqui traça o paralelo de três vidas, completamente distintas, que se cruzam para discutir seus respectivos futuros a partir do que lhes restam no presente – uma herança. Com texto inédito e uma encenação ágil, a peça que tem como tema principal a família. Três irmãos, de diferentes países, que se conhecem a partir da morte do pai, um rico empresário, que apesar de conquistar o mundo, se fez ausente na criação destes filhos.
Um espetáculo diverte, emociona, e observa as expectativas das personagens por meio de suas ambições e ausências, gerando identificação junto ao espectador. “A proposta do espetáculo é levar entretenimento, com reflexão, para o público que se dispõe a prestigiar a apresentação”, afirma a atriz. E, para falar mais sobre o espetáculo, Luana Piovani conversou com o Essência. Confira a entrevista.
SERVIÇO
Espetáculo ‘Ele Ainda Está Aqui’
Quando: sábado (20) e domingo (21)
Onde: Teatro Madre Esperança Garrido (Av. Contorno, nº 241, Setor Central – Goiânia)
Horário: 21h (sábado) e 19h (domingo)
Entrada: originalingressos.com
Entrevista: Luana Piovani
Você acredita que o enredo, embora ficcional, tenha alguma relação com o mundo real?
Total! Eu acho uma história muito contemporânea. No enredo, as pessoas encontram cumplicidade, pois todo mundo tem problemas na família, de família, envolvendo dinheiro.
Em sua opinião, qual a importância de abordar, por meio da arte, a temática da relação familiar?
Acredito que a arte se propõe a abordar todos os temas, então eu não acho que seja importante abordar esse ou aquele tema, mas sim tocar as pessoas através da arte – seja qual for o tema.
Você acredita que a mensagem do espetáculo corrobora para que os presentes façam uma reflexão sobre as relações familiares?
Eu acho que toda a reflexão é válida. Claro que a gente está falando de frustração, comédia e família, mas eu acho que toda reflexão é válida – seja vindo de um sorriso ou uma gargalhada. Mas acredito que o público irá se identificar com essa história, porque ela é uma muito comum. Na minha família, eu tenho relatos com problemas de parentes e partilhas, acho que todo mundo vive isso – se não for todo mundo, pelo menos 80% da população tem histórias complicadas dentro das famílias. Mas, normalmente, depois que as pessoas passam por essas adversidades costuma rir, porque com a intimidade, os problemas ficam patéticos.
Como tem sido o retorno do público, em relação ao espetáculo, nas cidades em que vocês já passaram?
Muito positivo, os espectadores gostam muito da peça, se divertem e eu vejo que elas ficam surpresas em poder refletir. Eu acho que as pessoas estão com preguiça de refletir, mas, quando são colocadas à prova, quando instigadas a isso, gostam!
Qual a principal característica do sua personagem? Existe um pouco de Luana nela?
Ela é prática, e, sim, existe muito da minha personagem na minha pessoa – me identifico muito.