Padrasto nega abusos, porém confessa que pediu fotos nuas
De acordo com a PolÃcia Civil, tios da vÃtima perceberam mudanças no comportamento dela e denunciaram a situação à mãe da criança e à corporação.
Eduardo Marques*
O borracheiro, de 37 anos, preso suspeito de estuprar a enteada, de 11 anos, em Goiânia, negou ter cometido os abusos. Porém, na delegacia, ele admitiu que já havia solicitado fotos nuas da vÃtima “umas quatro vezes só”. Segundo a PolÃcia Civil (PC), um laudo constatou o crime. O caso foi denunciado por tios da criança. Ele foi preso na segunda-feira (22).
Conduzido para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o suspeito disse que agiu num momento de “loucura” ao pedir imagens pornográficas da enteada.
A delegada Paula Meotti, responsável pelo caso, disse que um exame constatou tanto o envio das fotos, como também os abusos.
“Um laudo do IML constatou a conjunção carnal que ela sofreu. Temos um laudo pericial também constatando as fotografias que ela encaminhou para ele em situação pornográfica. Tem elementos contundente de autoria nesta investigação”, explicou.
No entanto, quando questionado sobre se havia abusado a enteada, com quem convive desde que ela era recém-nascida, o suspeito negou que tenha ocorrido qualquer relação sexual entre os dois.
Denúncia
De acordo com a PC, tios da vÃtima perceberam mudanças no comportamento dela e denunciaram a situação à mãe da criança e à corporação.
“Em fevereiro deste ano a vÃtima estava passando férias em Aragarças, com os tios dela que moram lá. Eles notaram que sempre que o padrasto ligava ela mudava a expressão, se afastava para conversar com ele. Nisso eles questionaram a menina que acabou contando dos abusos”, disse a delegada.
Segundo ela, ao descobrirem o crime, os parentes registraram o caso na delegacia da cidade que transferiu as investigações para a Capital. Eles também informaram a mãe da menina que se separou do homem antes que a filha voltasse de viagem.
A delegada informou que deve indiciar o homem pelos crimes de estupro de vulnerável e por armazenar pornografia infantil. Se condenado com pena máxima pelos dois crimes, ele pode ficar preso por até 19 anos.
*(Eduardo Marques é integrante do programa de estágio do jornal O Hoje sob a supervisão de Naiara Gonçalves)*