Governadoriáveis se posicionam no segundo turno presidencial
O governador eleito pelo DEM, Ronaldo Caiado, votou em Jair Bolsonaro e o governador tucano, José Eliton, declarou voto em Haddad do PT

Rafael Oliveira*
O governador eleito de Goiás, senador Ronaldo Caiado (DEM), viajou a cidade de Nova Crixás para votar no candidato do PSL Jair Bolsonaro, a quem já havia declarado apoio e realizou atos políticos em Goiânia a favor do capitão reformado do Exército. Durante entrevista à imprensa na saída do colégio eleitoral, Caiado defendeu a eleição do presidenciável.
“Se Deus quiser nos teremos a vitória do presidente Jair Bolsonaro, e como tal será peça importante para nós para a renegociação da divida e novos investimentos que deverão chegar ao estado de Goiás, a credibilidade que nós temos junto ao próximo presidente da republica nos dará condição especial para que possamos pedir uma ajuda especial para tirar Goiás dessa condição critica que vivemos”.
O senador ainda ressaltou que o principal desafio da sua gestão será recuperar as finanças do Estado. “Eu tenho a certeza de que Goiás é muito maior que todos os problemas que tem, nós vamos recuperar o estado, o estado de Goiás vai ser referencia nacional”.
O governador de Goiás, José Eliton (PSDB), votou em Fernando Haddad (PT) neste domingo. O tucano demonstrou preocupação com as declarações de Jair Bolsonaro (PSL). “Você tem que ter posição. Vou votar no Haddad. Não porque acredito que ele é o melhor pro Brasil, tanto é que votei no Geraldo Alckmin no primeiro turno, mas porque eu acho que ele defende algumas questões que são mais importantes: as questões relacionadas à democracia, a valores, a respeitar a opinião de todos e as instituições. […] Com todos os defeitos que nós temos enquanto nação, avançamos muito. Então, vejo isso como, às vezes, um sentimento de que o discurso fácil está muito aflorado”, afirmou.
José Eliton também ressaltou que o candidato do PSL representa um “risco para alguns valores importantes”, e citou a democracia. “Quando você vê um filho dele, ainda que ‘de brincadeira’, falar que um guarda e um cabo fecham o Supremo, o candidato a vice propor uma constituinte feita por ‘notáveis’ para substituir uma Assembleia Constituinte, quer dizer que, se eu ficar com raiva de uma decisão judicial, eu vou fechar o Judiciário? Se eu ficar com raiva de uma lei que foi aprovada pelo Parlamento, eu vou lá fechar o Parlamento? São sinais delicados”, questionou.
O senador eleito, Vanderlan Cardoso, votou de manhã no Colégio Estadual Novo Mundo. Vanderlan, que já declarou voto em Jair Bolsonaro, disse acreditar que, independente de quem seja eleito, o novo presidente terá que assumir o compromisso com as reformas,principalmente a Política e tributária, para o Brasil voltar a crescer.
Vanderlan falou ainda da ação que está movendo contra o aumento na conta da energia elétrica em Goiás. “Tem que dar um basta nesses abusos. A população não aguenta mais pagar a conta da falta de gestão”, finalizou.
O ex-candidato ao governo de Goiás pelo MDB, deputado federal Daniel Vilela, não declarou apoio a nenhum candidato no segundo turno e não disse em quem votaria.
A ex-candidata pelo PT, Kátia Maria, votou em seu correligionário de partido, Fernando Haddad. A professora também foi uma das coordenadoras da campanha de Haddad em Goiás e organizou vários carreatas ao petista.
A reportagem não conseguiu contato com o professor Weslei Garcia, que se candidatou pelo Psol; o professor Marcelo Lira do PCB e da ex-candidata Alda Lúcia, candidatou-se pelo PCO. No primeiro turno, os políticos citados apoiaram os candidatos de seus partidos.
O vereador de Goiânia, Jorge Kajuru (PRP), não foi localizado e não havia declarado apoio a nenhum presidenciável no segundo turno.(*Especial para O Hoje)