Juiz ouvirá autor de tiroteio em sinagoga
Por enquanto, por não haver cúmplices e nem aparente intenção de propagar uma mensagem específica, a investigação contempla os atos de Bowers como crimes de ódio e não como um caso de terrorismo
Rob Bowers, apontado como autor do tiroteio em uma sinagoga em Pittsburgh (Pensilvânia, nos Estados Unidos), que provocou 11 mortes e cinco feridos, comparecerá amanhã (29) diante de um juiz para responder a 29 acusações feitas pela Promotoria e que podem lhe render pena de morte.
“Bowers comparecerá diante do juiz na segunda-feira, 29 de outubro, às 13h30 local (15h30, em Brasília )”, informou hoje (28) o promotor federal Scott Brady em entrevista coletiva na cidade de Pittsburgh.
“Onze acusações por assassinato de pessoas que estavam exercitando seu direito à liberdade de credo e 11 acusações por uso de arma de fogo para cometer assassinato. Todas estas acusações podem render pena de morte”, disse o promotor.
Por enquanto, por não haver cúmplices e nem aparente intenção de propagar uma mensagem específica, a investigação contempla os atos de Bowers como crimes de ódio e não como um caso de terrorismo.
“Nada indica que alguém colaborou com ele, por isso que enquadramos como um crime de ódio, mas seguimos investigando”, afirmou Brady.
As sete acusações restantes seriam relacionadas com a troca de disparos que Bowers manteve com os agentes que compareceram ao local, três dos quais, explicou Brady, foram feridos no ataque.
As autoridades informaram que um quarto agente também teve que receber atendimento médico, mas não foram dados mais detalhes sobre os ferimentos.
O agente especial do FBI Bob Jones, também presente na entrevista coletiva, sustentou que, apesar de a investigação estar em andamento, devido à complexidade “da cena do crime”, as autoridades estimam que demorará uma semana para fazer uma varredura total do local.
No sábado de manhã, Bowers entrou na sinagoga da Congregação da Árvore da Vida e começou a disparar de maneira indiscriminada contra os presentes ao mesmo tempo que gritava: “todos os judeus devem morrer”. (Agência Brasil)