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sábado, 27 de dezembro de 2025
Greenpeace África

ONG critica China por comércio de chifre de rinoceronte

Greenpeace disse ainda que suspender essa proibição, após 25 anos de vigência, “contradiz a liderança que a China demonstrou recentemente ao abordar o comércio ilegal de vida silvestre”

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 3 de novembro de 2018
ONG critica China por comércio de chifre de rinoceronte
Greenpeace disse ainda que suspender essa proibição

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A recente decisão do governo da China de legalizar o uso de chifres de rinoceronte pode ter “repercussões diretas sobre essa espécie em perigo” de extinção, denunciou nesta sexta-feira (2) a organização ambientalista Greenpeace África.

“A decisão da China de reabrir o comércio de chifres de rinoceronte e ossos de tigre não só reativará a demanda de produtos provenientes do rinoceronte, mas também contribuirá para o aumento de outras atividades ilegais”, disse o assessor político do Greenpeace para África, Fredrick Njehu, em comunicado.

O Conselho de Estado chinês anunciou, em 30 de outubro, que esses produtos poderão ser usados “sob circunstâncias especiais”, embora “o comércio ou o uso de osso de tigre, chifre de rinoceronte e qualquer produto que os contenha deve estar acompanhado de uma permissão”, informou o jornal independente South China Morning Post.

O Greenpeace África disse ainda, no comunicado, que suspender essa proibição, após 25 anos de vigência, “contradiz a liderança que a China demonstrou recentemente ao abordar o comércio ilegal de vida silvestre”.

Por esse motivo, a organização pediu ao governo chinês que mantenha a proibição sobre esse tipo de comércio, “que foi tão importante para a conservação dessas espécies icônicas”.

Também pediu ao governo do Quênia, que conta com população de cerca de 750 rinocerontes negros, que aplique “medidas estritas para garantir a proteção e a sobrevivência dessas espécies”.

O negro é, das duas espécies de rinocerontes que vivem na África (branco e negro), a que tem menos exemplares.

A população diminuiu 98% entre 1960 e 1995, segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês), A organização estima que existam entre 5 mil e 5,5 mil exemplares no continente, sobretudo no leste e sul.

Outras organizações conservacionistas manifestaram nesta semana a inconformidade com a decisão do Executivo chinês.

O maior santuário de rinocerontes negros da África do Leste, situado no Quênia, definiu o estabelecimento da nova legislação como “devastador”, porque “acrescentará uma pressão grave e praticamente vai anular os avanços conquistados na proteção de vida selvagem após a proibição do marfim no ano passado”.

A nova legislação estabelece que o osso do tigre e o chifre de rinoceronte para tratamentos médicos podem ser prescritos por médicos certificados pela Administração Estatal de Medicina Tradicional da China, segundo a decisão governamental.

Os produtos elaborados com chifre de rinoceronte são muito populares na China e no Vietnã, onde essa matéria-prima é associada ao êxito social e a propriedades curativas e afrodisíacas. (Agência Brasil) 

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