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sábado, 6 de dezembro de 2025
Pesca

Período da piracema segue até fevereiro do próximo ano

Período da proibição da pesca começou no início do mês de novembro

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 10 de novembro de 2018
Período da piracema segue até fevereiro do próximo ano
Período da proibição da pesca começou no início do mês de novembro

A piracema é um fenômeno que representa a migração de peixes para a reprodução

Felipe André*

O período da piracema começou no primeiro dia de novembro. A época de reprodução do peixe dura até o último dia de fevereiro e sendo assim as pescas estão proibidas. Esse intervalo de tempo caracteriza a cheias de rios, quando os peixes ficam prontos para desova – etapa para reproduzir. A tendência do peixe é subir rio a cima para desovar. Está liberado apenas a pesca esportiva (prática de pesque e solte) com licença para modalidade específica. 

“Tem os peixes que fazem isso biologicamente e tem outras espécies que não faz essa migração, as espéceis mais sedentárias, como a gente chama. Mas boa parte dos peixes nativos do Brasil realizam esse fenômeno de piracema, que é a migração reprodutiva”, explicou José Dias Neto, analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).

Os quatro meses são essenciais para a reprodução da fauna aquática e manutenção dos estoques pesqueiros, fonte de alimento e renda para milhares de famílias em Goiás. Este ano a fiscalização será realizada pela: Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima) que vão percorrer rios e lagos goianos.

“A piracema é um fenômeno que representa a migração de peixes para a reprodução. Isso acontece durante o período de cheias de rios e neste período os peixes ficam prontos para desova. Já o defeso vem a ser o período que se protege o peixe neste período. Ou seja, ele visa a evitar a pesca neste período. Eles se coincidem em questão de tempo”, esclareceu José Dias Neto, em entrevista para o Brasil Rural, do Portal EBC.

As regiões com o maior índice de fiscalização serão: Três Ranchos, Rio Vermelho, Corumbá III e IV, Paranã, Rio das Almas e Rio Piracanjuba. Eles irão contar com orientações sobre o período e vão atuar também na repressão à pesca predatória. Haverá ainda uma maior concentração de equipes na região do Parque Estadual do Araguaia (São Miguel do Araguaia), Rio Crixás e Rio do Peixe.

Aqueles que desrespeitarem a piracema serão penalizados com multa que podem variar de R$ 1 mil a R$ 100 mil. A cota de captura (3 kg a 10 kg) varia dependendo da bacia/região.

Lei da Cota Zero

O período da piracema acontece em conjunto com a Lei da Cota Zero, que proíbe o transporte de peixes em todo o estado de Goiás. Essa junção têm resultado no aumento da quantidade de peixes nos mananciais goianos, com incremento na pesca esportiva. Paralelamente à piracema, ações de combate ao desmatamento e extração de areia ilegal ocorrem também em outras regiões de Goiás.

“No caso da piracema, que é a proibição total da pesca, o pescador que vive disso tem uma cota [entre 3 até 10kg] que pode pegar para alimentar sua família. O defeso proíbe a pesca comercial. A fiscalização fica por conta de quantos quilos de peixe serão encontrados com o pescador, se ultrapassar será multado. Buscamos ser eficientes e para ser eficientes estamos indo em direção de um caminho que é a proibição total”, encerrou José Dias Neto. (Felipe André é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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