Polícia classifica ato como “terrorismo”, em Melbourne
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do ataque, segundo informa a agência Amaq
A polícia australiana considera o ataque cometido nesta sexta-feira (9) por um homem que esfaqueou um transeunte, que morreu, e feriu outros dois em uma movimentada rua de Melbourne um ato de terrorismo, pois o autor era conhecido pela Agência de Inteligência.
O chefe da polícia da polícia de Victoria, Graham Ashton, confirmou em entrevista coletiva que o agressor morreu meia hora depois de chegar ao hospital, para onde foi levado após ser atingido por um disparo no peito feito por um dos agentes que tentavam detê-lo.
Ashton evitou dar detalhes sobre a identidade do agressor e os motivos do ataque, mas afirmou que o homem, da mesma forma que vários parentes, era conhecido pela polícia e pela Agência de Inteligência. “Pelo o que sabemos até agora deste indivíduo, estamos tratando isto como um ato de terrorismo”, disse.
O ataque aconteceu às 16h20 local (4h20, em Brasília) na rua Bourke, quando o agressor bateu com o carro na entrada de um shopping e saiu do veículo em chamas com uma faca, com a qual agrediu vários transeuntes. Uma vítima morreu no local.
A polícia encontrou vários “cilindros de gás para grelha ou grade de assar carne” dentro do veículo, explicou Ashton, que desmentiu que o agressor, um homem alto vestido com calças brancas e túnica preta, tenha gritado “Allahu Akhbar” (Alá é grande).
O responsável policial disse que as três vítimas do ataque eram homens e que os dois feridos seguem no hospital.
EI assume autoria
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do ataque, segundo informa a agência Amaq, alinhada com os jihadistas.
“O autor do esfaqueamento em Melbourne, no sudeste da Austrália, é um dos combatentes do Estado Islâmico”, disse uma fonte de segurança à Amaq, segundo um breve comunicado da agência divulgado no Telegram e cuja autenticidade não pôde ser comprovada.
Trata-se de “uma resposta por atacar os cidadãos da coalizão”, acrescenta a nota, ao fazer referência à aliança internacional que luta contra os jihadistas na Síria e no Iraque, liderada pelos Estados Unidos e da qual a Austrália faz parte. (Agência Brasil)