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domingo, 24 de novembro de 2024
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Ciência

UFG desenvolve protetor solar a base de goiaba

Fruto possui elevados níveis de compostos com estrutura química semelhante à dos filtros solares de origem sintética

Postado em 12 de novembro de 2018 por Guilherme Araújo
UFG desenvolve protetor solar a base de goiaba
Fruto possui elevados níveis de compostos com estrutura química semelhante à dos filtros solares de origem sintética

Da Redação

A Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (UFG) em parceria com ma empresa de cosméticos de Aparecida de Goiânia desenvolveram um filtro solar a base de goiaba.  O resultado é a criação de uma tecnologia exclusiva, um extrato padronizado do fruto, que elevou o fator de proteção de um cosmético em 18%. A goiaba é produzida em grande escala no país e consumida principalmente na forma de alimentos processados como sucos, geleias e a famosa goiabada. Mais que um alimento nutritivo, o fruto possui elevados níveis de compostos com estrutura química semelhante à dos filtros solares de origem sintética. 

A pesquisadora Lívia Pereira Gomes, responsável pelo projeto, resolveu unir a necessidade da empresa de desenvolver um produto de fotoproteção com seu interesse em pesquisa. A escolha da goiaba não foi por acaso: além das propriedades que favorecem o cuidado com a pele, os resíduos da goiaba, produzidos pela indústria alimentícia, são obtidos em grande quantidade, tornando possível que a indústria de cosméticos crie produtos inovadores e mais acessíveis. Outra vantagem é a redução do impacto ambiental que ocorre quando esses resíduos deixam de ser descartados no meio ambiente.

Propriedades

A goiaba possui compostos que podem agir como filtros solares, absorvendo a radiação ultravioleta incidente. Além disso, o fruto possui propriedade antioxidante, auxiliando na neutralização dos radicais livres que são gerados sobre a pele após a exposição ao sol, minimizando os efeitos nocivos como o fotoenvelhecimento precoce e a possibilidade de surgimento de câncer de pele. Ela também explica que os filtros solares sintéticos utilizados em fotoprotetores podem levar à irritabilidade e sensibilização da pele e geralmente estão associados à ocorrência de alergias: “A associação de matérias-primas de origem vegetal pode reduzir esses efeitos colaterais”. A pesquisa de Lívia Gomes também abre espaço para estudos de outros compostos químicos no subproduto de goiaba que podem ser estudados e utilizados com outras finalidades, como cosméticos com ação antioxidante, anti-aging e produtos multifuncionais. 

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