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domingo, 24 de novembro de 2024
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Goiás

Presos terão penas reduzidas com leitura de livros

Cada leitura homologada pela autoridade judiciária possibilitará a remição de quatro dias de pena

Postado em 13 de novembro de 2018 por Lucas de Godoi
Presos terão penas reduzidas com leitura de livros
Cada leitura homologada pela autoridade judiciária possibilitará a remição de quatro dias de pena

(Foto: Gilberto Marques / Fotos Públicas)

Da Redação

Proposta que regulamenta a remição de pena pela leitura em
Goiás foi assinada nesta segunda-feira (12/11). A proposta, elaborada pelo
Ministério Público de Goiás (MP-GO), Tribunal de Justiça de Goiás, Secretaria
da Educação (Seduce) e Dgap, foi na sede do MP, em Goiânia, e contou com
representantes de todos os órgãos envolvidos.

A remição pela leitura já ocorre em unidades prisionais do
Estado, mas com regras estabelecidas de forma individuais por meio de portarias
das comarcas locais. A partir de agora, a portaria uniformizará as diretrizes e
a aplicação do projeto.

Cada leitura homologada pela autoridade judiciária
possibilitará a remição de quatro dias de pena. O preso poderá se valer da
iniciativa uma vez a cada 30 dias. Ao final de 12 meses, pode remir até 48
dias. As regras valerão de acordo com a capacidade gerencial da unidade
prisional.

Para a coordenadora do Centro de Apoio Operacional da
Educação do MP, promotora Liana Antunes Tormin, a regulamentação visa dar
oportunidades iguais a todos os presos. “Um dos principais objetivos dessa
portaria é o de dar condições iguais a todos os detentos do sistema prisional
goiano, de uma nova perspectiva educativa”, disse.

Para o gerente de Educação, Módulo de Respeito e Patronato
da Dgap, Iris Pereira, a normativa soma aos esforços dos diretores das
unidades, bem como estimula os presos quanto à bonificação. “A portaria traz a
democratização maior do programa para todas as unidades”, pontuou.

“Essa portaria vai ter um regulamento padrão para ser
utilizada em todas as comarcas goianas, ao mesmo tempo a gente também vai
ampliar o alcance onde o projeto não é realizado”, disse o gerente. Segundo
Iris, algumas comarcas não programavam a remição pela leitura justamente por
não haver uma regra especifica para o projeto.

O diretor-geral adjunto da Dgap, coronel Agnaldo Augusto da
Cruz, esclarece que a diretoria trabalha com o viés de ocupação aos detentos,
pois, segundo afirmou, traz a possibilidade de transformação das perspectivas
de vida. 

“O sistema prisional é um reflexo da nossa sociedade, portanto, precisamos
rever o trato com este sistema. Todos têm o direito de uma nova vida”, afirmou.
Ele adianta que a intenção é que já na próxima semana a proposta saia do papel
e possa ser iniciada. “É uma iniciativa de gestão, prática, econômica, factível
e muito importante para os presos”, acrescentou.

 

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