Autoridades reduzem para 202 mortes por ebola
Dos 202 mortos, 162 testaram positivo em provas de laboratório. Ministério da RDC situa o número de casos em 344
O Ministério de Saúde da República Democrática do Congo (RDC) rebaixou para 202 o número de mortes prováveis por ebola no Nordeste do país, segundo os últimos dados divulgados ontem (16). Em um relatório emitido com números vigentes até 14 de novembro, as autoridades rebaixam em 13 o total de mortes pela doença infecciosa em comparação ao comunicado anterior, no qual constavam 215.
Das 202 mortes, 162 testaram positivo em provas de laboratório. O Ministério de Saúde da RDC situa o número de casos em 344, dos quais 304 estão confirmados e 40 são prováveis – número que supera o de seu relatório anterior.
A atualização nos números se deve a uma “limpeza na base de dados atuais”, por meio da qual foram eliminadas 16 mortes que estavam duplicadas e dois casos confirmados, explicaram as autoridades.
O surto, que foi declarado no dia 1º de agosto nas províncias do Kivu do Norte e Ituri, se transformou no maior da história do país em relação ao número de contágios, em parte pela rejeição de algumas comunidades a receber tratamento e pela insegurança na região, onde operam grupos armados.
É o segundo surto declarado em 2018 na RDC – só oito dias depois que o ministro congolês de Saúde, Oly Ilunga, proclamou o fim da epidemia anterior, no oeste do país – e o pior da última década na República Democrática do Congo.
Desde 8 de agosto, quando começaram as vacinações, mais de 30 mil pessoas foram inoculadas, em sua maioria, nas cidades de Mabalako, Beni, Mandima, Katwa e Butembo, de acordo com os últimos números do Ministério de Saúde.
O vírus do ebola é transmitido através do contato direto com o sangue e os fluídos corporais, provoca febre hemorrágica e pode chegar a alcançar uma taxa de mortalidade de 90% se não for tratado a tempo.
O surto mais devastador em nível global foi declarado em março de 2014, com casos que remontam a dezembro de 2013 na Guiné Conacri, país do qual se expandiu à Serra Leoa e à Libéria.
Quase dois anos depois, em janeiro de 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim desta epidemia, na qual morreram 11,3 mil pessoas e mais de 28,5 mil foram contagiadas, números que, segundo esta agência da ONU, poderiam ser conservadores. (Agência Brasil)