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sábado, 23 de novembro de 2024
Internacional

Argentina diz que não há tecnologia para retirar submarino

Ministro disse que governo tem dinheiro para contratar uma empresa especializada nesse tipo de operação e ressaltou que se houver tecnologia para fazer a retirada, o processo deve demorar muitos anos

Postado em 18 de novembro de 2018 por Lucas de Godoi
Argentina diz que não há tecnologia para retirar submarino
Ministro disse que governo tem dinheiro para contratar uma empresa especializada nesse tipo de operação e ressaltou que se houver tecnologia para fazer a retirada

Submarino argentino ARA San Juan naufragou há um ano (Arquivo/ Divulgação/Marinha da Argentina)

O ministro de Defesa da Argentina, Oscar Aguad, afirmou
neste domingo (18) que não existe tecnologia capaz de retirar o submarino ARA
San Juan, localizado neste sábado (17) a 900 metros de profundidade no Oceano
Atlântico.

“A Argentina não conta com meios técnicos para resgatar
ou emergir o submarino. Não deve haver no mundo tecnologia para retirar 2,3 mil
toneladas de peso do fundo do mar”, afirmou Aguad.

Em entrevista à Rádio Mitre, o ministro explicou que o
governo tem dinheiro para contratar uma empresa especializada nesse tipo de
operação, caso necessário, e ressaltou que se houver tecnologia para fazer a
retirada, o processo deve demorar muitos anos.

“É um equipamento de 2,3 mil toneladas”, reiterou
o ministro.

Criticado pelos parentes dos 44 tripulantes que estavam a
bordo do submarino na hora do desaparecimento há mais de um ano, Aguad
ressaltou que sempre disse a verdade aos familiares das vítimas e que a
localização da embarcação é uma prova disso.

“Ele afundou por uma implosão, não por fatores
externos. Não estou e nem estive em condições de mentir aos familiares. Não
temos capacidades técnicas para trazê-lo do fundo do mar”, afirmou.

Perguntado sobre a responsabilidade jurídica do governo em
resgatar o submarino, o ministro disse que a juíza responsável pela
investigação do desaparecimento, Marta Yáñez, terá papel fundamental na
decisão. No entanto, reconheceu que não considera que ela tenha poder para
decidir uma questão desta natureza.

“Sobre a busca, esse caso terminou porque ficou provado
que o submarino implodiu e naufragou duas horas depois da última comunicação.
Resta determinar quais são as responsabilidades da Marinha”, explicou o
ministro. (Agência Brasil)

 

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