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domingo, 24 de novembro de 2024
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Crime

Traficante brasileiro mata jovem dentro de prisão, no Paraguai

Lidia Meza Burgos, de 18 anos, foi atingida por 17 golpes de faca

Postado em 18 de novembro de 2018 por Fernanda Martins
Traficante brasileiro mata jovem dentro de prisão
Lidia Meza Burgos

O narcotraficante brasileiro Marcelo Fernando Pinheiro da Veiga, mais conhecido como Marcelo Piloto, matou uma jovem de 18 anos a facadas, dentro de sua cela no presídio em Assunção, no Paraguai. O boletim foi registrado pela polícia neste sábado (17).

Segundo o jornal local ABC Color, e o promotor Hugo Volpe, que está no caso, o crime foi uma medida extrema de Piloto para impedir sua extradição ao Brasil, que foi autorizada pela Justiça do Paraguai em 30 de setembro. Ele é integrante da facção Comando Vermelho (CV), do Rio.

Lidia Meza Burgos, de 18 anos, visitava Marcelo Piloto pela segunda vez, de acordo com a polícia. Por volta das 14h, agentes ouviram gritos vindos da cela de Piloto, e encontraram a mulher caída no chão, ensanguentada. Ela foi encaminhada para atendimento médico, mas não resistiu. Marcelo Piloto atingiu a jovem com uma faca de mesa, com 17 golpes. O corpo de Lidia passou por perícia e foi levado ao necrotério oficial.

A Justiça do Rio condenou o traficante a uma pena de 26 anos de prisão. A ficha criminal de Piloto inclui crimes de homicídio, tráfico e associação para o tráfico, latrocínio e roubos. Estava escondido há anos no Paraguai, de onde enviava armas, drogas e munição para abastecer as favelas dominadas pela maior facção criminosa do Rio de Janeiro. Chefiava o tráfico de drogas em comunidades e favelas. No Paraguai, está preso  desde dezembro de 2017, por homicídio e falsificação de documentos, mas foi aberto um processo para sua extradição, atendendo a pedido da justiça brasileira. 

Extradição

Segundo a imprensa paraguaia e o promotor Volpe, que está atuando no caso, o assassinato da jovem seria uma tentativa de piloto de evitar extradição ao Brasil. Na última sexta-feira (16), a Justiça negou o pedido da noiva de Piloto, Marisa de Souza Penna, de se casar com ele na prisão. Ela também está reclusa, e o casamento poderia dificultar sua extradição.

Piloto havia dado uma entrevista denunciando pagamento de propina a autoridades policiais em troca de proteção. A advogada dele, a argentina Laura Marcela Casuso, que organizou a coletiva, foi assassinada a tiros na última segunda –feira (12), em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil.

Se confirmada a autoria do assassinato, Piloto terá de responder ao inquérito, o que dificultará a extradição.

 

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