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domingo, 14 de dezembro de 2025
Incentivo

Presos poderão ter pena reduzida por meio de leitura de livros

Atividades educativas são opção para diminuir os altos índices de reincidência penal

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 19 de novembro de 2018
Presos poderão ter pena reduzida por meio de leitura de livros
Atividades educativas são opção para diminuir os altos índices de reincidência penal

Com a nova regulamentação o preso poderá remir até 48 dias por ano

Gabriel Araújo*

Desde a última semana, os detentos de prisões estaduais goianas poderão ser contemplados com a remição de pena por meio de leitura. Conforme informado pela Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (Dgap), a cada livro lido, quatro dias serão descontados da pena.

Com a nova regulamentação o preso poderá remir até 48 dias por ano, sendo que somente um livro por mês permitido para a leitura. As regras valerão de acordo com a capacidade gerencial da unidade prisional.

De acordo com a coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Educação do Ministério Público, promotora Liana Antunes Tormin, a nova regulamentação busca padronizar os programas de remição de pena no Estado, já que projetos existiam de acordo com as portarias de comarcas locais. “Um dos principais objetivos dessa portaria é o de dar condições iguais a todos os detentos do sistema prisional goiano, de uma nova perspectiva educativa”, enfatiza.

Parques

Além disso, detentos do regime semiaberto podem participar do projeto “Recuperando Pessoas e Parques”, do MPGO. A ação busca diminuir a pena de presos que trabalhem na recuperação de parques da Capital e oferece um salário mínimo, o equivalente a R$ 954, e, a cada três dias trabalhados, um será descontado da pena.

De autoria do promotor de Justiça Marcelo Celestino, que afirma que a oferta de trabalho com remuneração é um dos direitos dos presos, o projeto define a contratação de 50 presos do regime semiaberto do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia que trabalham na limpeza e manutenção de parques geridos pela Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma).

População carcerária

Segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Estado de Goiás possui 18,2 mil presos cadastrados na plataforma digital do CNJ, o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP2.0). De acordo com o órgão, a população carcerária goiana possui 7.979 presos condenados cumprindo pena de forma definitiva, 1.315 condenados que ainda aguardam resultado de recurso e 7.022 detentos provisórios que ainda não passaram por julgamento. Os números mostram ainda que há 1.621 pessoas em liberdade devido ao cumprimento de pena em prisão domiciliar ou regime aberto.

O Tribunal de Justiça do Estado (TJ-GO) contabilizou 9.409 vagas disponibilizadas nas 156 unidades prisionais do Estado, ou seja, são quase dois presos por vaga nas prisões de Goiás. Dados nacionais mostram que cerca de 40% dos detentos são presos provisórios. O Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), divulgado em dezembro do ano passado, mostra que o Brasil conta com 726.712 mil presos. O relatório, apresentado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça coloca o sistema prisional brasileiro com 368.049 vagas, ou seja, são dois presos por vaga.

Segundo dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) divulgados em dezembro do ano passado, o Brasil conta com 726.712 mil presos, cerca de 40% são presos provisórios. O relatório, apresentado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça coloca o sistema prisional brasileiro com 368.049 vagas, ou seja, cerca de dois presos por vaga. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian). 

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