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sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Libertadores

Prefeito culpa torcidas organizadas pela suspensão de campeonato

Horário Rodriguez Larreta, de Buenos Aires, criticou o conflito que levou à suspensão da final
da Taça Libertadores

Postado em 26 de novembro de 2018 por Sheyla Sousa
Prefeito culpa torcidas organizadas pela suspensão de campeonato
Horário Rodriguez Larreta

Fãs do River Plate se revoltam com o adiamento da Final da Copa Libertadores 2018, na Argentina

O prefeito de Buenos Aires, Horácio Rodriguez Larreta, responsabilizou neste domingo (25) a “máfia das barras bravas (torcidas organizadas)” do futebol argentino pelos atos de violência no sábado (24), que levaram à suspensão da final da Taça Libertadores. Milhares de torcedores passaram dois dias indo ao Estádio Monumental de Nuñez, do River Plate, para vê-lo disputar o “jogo do século” contra o rival histórico, Boca Juniors. Mas em ambas as ocasiões tiveram que voltar para casa porque, segundo as autoridades que organizaram a partida, não estavam dadas as condições para o jogo.

A suspensão da “grande final”, anunciada hoje repercutiu fora do mundo do futebol, porque ocorreu menos de uma semana antes da cúpula do G-20, em Buenos Aires. No dia 30 de novembro, os lideres das 20 maiores economias do mundo – entre as quais Estados Unidos, Rússia e China – se reúnem na capital argentina.

O governo do presidente Mauricio Macri – que foi presidente do Boca antes de entrar para a politica – vem garantindo que está em condições para protegê-los de possíveis manifestações violentas, como as que ocorreram na última cúpula, na Alemanha.

“Tem algo que é muito difícil combater: a estupidez humana”, disse Rodriguez Larreta, em entrevista coletiva, para assegurar que mais medidas de segurança haviam sido tomadas para proteger os jogadores e torcedores. Ele acusou a torcida organizada do River Plate de ter apedrejado o ônibus, que levava o time do Boca Juniors ao estádio, no sábado (24). O capitão xeneize (denominação argentina para os torcedores da equipe Boca Junior), Pablo Perez, foi ferido no olho. A polícia tentou dispersar os atacantes com bombas de gás lacrimogênio e gás pimenta, afetando também os próprios jogadores.

Segundo Larreta, a agressão está diretamente relacionada à batida que a polícia deu na casa do chefe da torcida organizada do River – e que resultou na apreensão de 300 entradas e o equivalente a R$ 1milhão. “Vamos combater a fundo as barras bravas, custe o que custar”, disse, ao acrescentando que a máfia da torcida organizada esta “enquistada no futebol argentino há 50 anos”.

Nas ruas de Buenos Aires, torcedores decepcionados reclamavam da falta de respeito. Depois dos incidentes de sábado, a Conmebol insistiu que o jogo fosse realizado. Mas os dois times fizeram um acordo de cavalheiros, para supendê-lo. O Boca disse que não jogaria sem seu capitão e o River tampouco queria enfrentar um adversário nestas condições. A partida foi remarcada para este domingo (25) e, mais uma vez, as portas do Estádio Monumental se abriram para os torcedores, que voltaram a fazer fila. Desta vez, menos entusiasmados do que na véspera.

Ricardo Moneta e o amigo Arturo Rondelli viajaram de ônibus, da província de Missiones, só para ver o jogo. “Estávamos cansados, depois de ficar cinco horas ao sol no sábado, só para saber que foi a toa – porque a partida foi suspensa”, disse Moneta. “Mas voltamos ao estádio (neste domingo) porque já tínhamos gasto dinheiro em entradas, em passagem e em hospedagem. Não queríamos voltar para casa sem ver o jogo do século”, disse Moneta.

Mas depois que as portas do estádio já tinham sido abertas, veio a notícia que a Conmebol suspendeu o jogo porque os dois times não estavam em condições de igualdade para disputá-lo.

Os presidentes do Boca Juniors e River Plate foram convocados para uma reunião na terça-feira (27), no Paraguai, sede da Conmebol, para acertar uma nova data. Mas só a partir do dia 1 de dezembro, quando termina a Cúpula do G-20. (Agência Brasil)

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