Brasil sediará 11ª Cúpula do Brics em 2019
Escolha se deu após reunião do presidente Michel Temer com lÃderes do grupo, que participam da Cúpula do G20, na Argentina

A 10ª Cúpula do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, ndia, China e frica do Sul, será realizada no Brasil no ano que vem. A confirmação foi anunciada ontem (30) por meio de nota oficial, após reunião do presidente Michel Temer com os lÃderes do grupo, em Buenos Aires, na Argentina, onde participam da Cúpula do G20.
Paralelamente, Temer e os demais lÃderes reiteraram a preocupação com a forma como vem ocorrendo a expansão econômica global. Em nota, eles destacaram que há riscos, se o movimento atual for mantido, de ser “menos equilibrada” e de aumento de retração.
“Receamos que os impactos negativos das polÃticas de normalização de algumas das maiores economias avançadas sejam uma importante fonte da volatilidade experimentada recentemente por economias emergentes”.
O caminho, segundo os lÃderes do Brics, é o do “diálogo e da coordenação de polÃticas, no espÃrito de parceria, no G20 e em outros fóruns, para prevenir que potenciais riscos se espalhem”.
Clima
No comunicado, Brasil, Rússia, ndia, China e frica do Sul se comprometem a à implementação do Acordo de Paris, incluindo os princÃpios das responsabilidades comuns, porém, diferenciadas e das respectivas capacidades.
“Instamos os paÃses desenvolvidos a proverem aos paÃses em desenvolvimento apoio financeiro, tecnológico e de capacitação, para aumentar suas capacidades de mitigação e adaptação”.
Terrorismo
A nota, divulgada pelo Itamaraty no começo da tarde, condena os ataques terroristas e todas as manifestações afins. “Condenamos o terrorismo em todas as suas formas e manifestações, independetemente de onde e por quem cometidos”.
O texto apela para o combate à s ações terroristas com base em argumento de ordem jurÃdica internacional. “Instamos todas as nações a adotarem uma abordagem abrangente no combate ao terrorismo, incluindo todos os elementos enumerados na Declaração de Joanesburgo”.
Multilateralismo
Os lÃderes do Brics defenderam o sistema multilateral de comércio baseado em regras e na intermediação da Organização Mundial do Comércio. “Para assegurar o comércio internacional transparente, não discriminatório, aberto e inclusivo”.
O texto acrescenta que a OMC assegura os paÃses contra eventuais medidas protecionistas e criticaram aqueles que não seguem os acordos firmados.
“O espÃrito e as regras da OMC são contrários a medidas unilaterais e protecionistas. Instamos todos os membros a se oporem a essas medidas inconsistentes com a OMC, a reafirmarem os compromissos que assumiram e a recuarem de tais medidas de natureza discriminatória e restritiva”.
Porém, destacaram que é necessário buscar aprimoramentos. “Apoiamos o trabalho de melhoria da OMC, com vistas a aumentar sua relevância e eficiência, para enfrentar desafios atuais e futuros”.
“Reafirmamos nosso compromisso de fortalecer nossa comunicação e cooperação e de trabalhar em conjunto e colaborativamente com outros membros para permitir que a OMC acompanhe a evolução dos tempos, promova crescimento inclusivo e a participação de todos os paÃses no comércio internacional e desempenhe um papel relevante na governança econômica global”.
Infraestrutura
Os lÃderes defenderam a constituição de uma Rede de Proteção Financeira Global forte, com um Fundo Monetário Internacional (FMI) baseado em cotas e com recursos adequados em seu centro. O prazo para as negociações, de acordo com o texto, é entre março e junho de 2019 (primavera na Europa).
“Reafirmamos nosso compromisso com a conclusão da 15ª Revisão Geral de Cotas do FMI, incluindo uma nova fórmula de cotas, para assegurar o fortalecimento da voz das economias emergentes e em desenvolvimento dinâmicas, para refletir suas contribuições relativas à economia mundial, garantindo a proteção dos paÃses de menor desenvolvimento relativo”. (Agência Brasil)