Wagner OIiveira

A polêmica envolvendo o lateral Ernandes pode ter um
final feliz ao Goiás, que deve escapar de qualquer punição. Na última
segunda-feira (03), uma denúncia de documentação irregular do atleta Ernandes,
que atuou em 31 jogos pelo Goiás na Série B de 2018, veio á tona nas redes
sociais e colocou a vaga do time esmeraldino para a Série A em dúvida.

A denúncia mostrava uma documentação adulterada de
Ernandes entregue ao Goiás, que afirmava ter nascido no dia 11 de novembro de
1987, mas um outro documento de Ernandes do ano de 2004, mostrava que o atleta
nasceu, na realidade, no dia 11 de novembro de 1985, ou seja, o atleta é dois
anos mais velho do que foi registrado no Boletim Informativo Diário (BID). No
futebol, a expressão que se dá a esse tipo de fraude é “gato”.

Com isso, a Ponte
Preta, que ficou em 5º lugar no Campeonato Brasileiro da Série B com a mesma
pontuação do Goiás, pediu a anulação dos pontos conquistados pelo time
esmeraldino nos jogos em que Ernandes atuou. Isso culminaria no acesso do time
paulista no lugar do Verdão e em um rebaixamento do clube goiano para a Série
C.

Apesar de tudo, o procurador-geral do STJD, Felipe
Belivacqua, afirmou que o caso “foge da esfera esportiva” e que o Goiás é “vítima”,
descartando qualquer possibilidade de anulação de pontos. O mesmo pode não
acontecer com Ernandes, que foi procurado pela CBF para se esclarecer sobre o
acontecimento. 

Outro clube que sai aliviado da situação é o Ceará, onde
Ernandes jogou no início da temporada e participou do primeiro jogo da Série A
com a camisa do Vozão. Se houvesse punição de perda de pontos, o time cearense
perderia três pontos e seria rebaixado para a Série B no lugar do Sport Recife.

Ponte
Preta de olho

A Ponte Preta ainda está esperando uma definição sobre o
caso Ernandes. De acordo com o diretor jurídico do clube, Giuliano Guerreiro, a
procuradoria ainda investiga uma suposta irregularidade do Goiás em relação a
excesso de número de jogadores inscritos.

Sobre o caso Ernandes, Giuliano afirmou que a Ponte Preta
entende que o “Goiás tem responsabilidade nessa situação” e que “poderiam
verificar a veracidade da documentação”, disse em entrevista coletiva ao lado
do presidente José Armando Abdalla.