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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Abuso sexual

Filha de João de Deus teria sido ameaçada pelo médium

Mulher move uma ação contra o pai e alega que foi estrupada quando era menor

Postado em 11 de dezembro de 2018 por Guilherme Araújo
Filha de João de Deus teria sido ameaçada pelo médium
Mulher move uma ação contra o pai e alega que foi estrupada quando era menor

Foto Reprodução

Da Redação

Dalva Teixeira, filha do médium João de Deus, teria sido
coagida a fazer um vídeo em defesa do pai em 2017. O material foi publicado por
João de Deus nas redes sociais nesta terça-feira (11/12).  Segundo o site ‘O Antagonista’, a filha do
médium move uma ação contra o pai e alega que foi estrupada quando era menor.

Após a publicação do vídeo, a revista Marie Claire divulgou
uma reportagem que diz que a filha do líder espiritual está escondida por
motivo de segurança, e é representada pelo advogado Marcos Bocchini. A revista
ainda informou que a denúncia chegou até a revista por meio da ativista social
pelos direitos humanos Sabrina Bittencourt, que foi autorizada a falar em nome
da filha de João de Deus pelo advogado.

A ativista explicou que os filhos de Dalva entraram com um
processo contra o avô em 2017, mas foram coagidos a gravar um vídeo desmentindo
a acusação de abuso. “A equipe do João foi até a clínica e a obrigou a
gravar este vídeo. Se ela não fizesse isso, os filhos dela seriam mortos. Por
conta disso, por medo, ela não seguiu com o processo. Ela conseguiu sair da
internação e hoje tem sido ameaçada de morte pelos capangas do João de Deus”,
revelou Sabrina a revista. 

Sabrina produziu um vídeo com o nome de #OprahWeNeedYou
(Oprah, precisamos de você), para chamar a atenção da apresentadora
norte-americana, uma das admiradoras de João, e convidá-la a conhecer a
realidade das mulheres que denunciaram o médium. A apresentadora foi com sua
equipe a Abadiânia, sede do santuário de João de Deus, para produzir uma
reportagem sobre o líder religioso para seu programa de televisão. “Isso
deve ser de interesse do poder público internacional. As vítimas estrangeiras
dele têm que procurar as embaixadas brasileiras para fazer uma denúncia formal.
Diplomaticamente, o Brasil vai ter que dar uma resposta a isso”, orientou
Sabrina. 

  

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