Número de clientes nos planos de saúde fechou com alta na região Centro-Oeste
Aumento no número de planos ocorreu após quatro anos de quedas
Isabela Martins*
O número de clientes nos planos de saúde em 2018 fechou com alta de 0,4%, em comparação ao ano anterior. Os números foram divulgados pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). A região Centro-Oeste impulsionou o crescimento, com cerca de 111,8 mil novos vínculos ao longo de 2018, cerca de 3,6% com um total de 3,2 milhões de pacientes atendidos.
O aumento no número de planos foi o primeiro desde 2014. Entre 2014 e 2017, o setor da saúde suplementar registrava perdas. Foram mais de três milhões de consumidores que perderam os planos de saúde. O plano médico-hospitalar encerrou 2018 com 47,4 milhões de clientes. Ao todo foram realizados 200,2 mil novos contratos de janeiro a dezembro, de acordo com o IESS.
Segundo o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, dos novos contratos, 49,9 mil estão concentrados no Distrito Federal, que fechou dezembro com 917,8 mil pessoas assistidas por planos médicos hospitalares, um crescimento de 5,8% em relação ao período anterior. No Nordeste, foram firmados 82,8 mil vínculos. A região contabiliza 6,6 milhões de novos beneficiários, com aumento atingiu 1,3%.
Na região Sudeste o destaque é São Paulo, que apesar de ser o maior mercado de planos de saúde do Brasil fechou o ano com 0,3% no total de planos médicos-hospitalares, o que equivale a 58,3 mil novos contratos. “O estado representa mais de um terço, ou o equivalente a 36,3% do total do mercado nacional. Com esse tamanho, é natural que qualquer processo de retomada seja mais lento. Mas uma vez ‘engatada’, a tendência é que a saúde suplementar volte a apresentar resultados positivos”, explicou o superintendente.
Crescimento
O superintendente indicou que o processo de recuperação de consumidores de planos de saúde está atrelado ao desenvolvimento econômico e a geração de empregos formais, especialmente setores de comércio e serviço dos grandes centros urbanos. “Esperamos ter indicadores econômicos positivos, mas se isso não acontecer, o setor pode permanecer estagnado por mais um tempo”.
A expectativa é que o setor volte a crescer de modo mais efetivo quando o mercado formal de trabalho volte a contratar, porque é o mercado formal que oferece planos de saúde e odontológicos como beneficio para seus colaboradores. O IESS é uma unidade sem fins lucrativos que tem como objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas no país.
Consulta remota
Os atendimentos médicos à distância devem se tornar uma prática comum nos planos de saúde, segundo uma resolução do Conselho Federal de Medicina que defini as regras para telemedicina e teletratamento. A modalidade já vinha sendo adotada há cerca de três anos por operadoras que mantêm programas de atenção primária como médico de família. (Isabela Martins é estagiaria do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Cristhyan)