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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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internacional

Nicolás Maduro anunciou o fechamento da fronteira com o Brasil

Presidente fez o anúncio durante visita ao maior quartel do exército em Fuerte Tiuna

Postado em 21 de fevereiro de 2019 por Suzana Ferreira Meira
Venezuela: Maduro analisa adotar medidas legais contra Guaidó
Guaidó convocou para esta segunda-feira (04/03) mobilizações em Caracas e várias cidades do interior do país

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou hoje (21) o fechamento da fronteira com o Brasil e a realização de um “grande show” de música na área que faz divisa com a Colômbia. Ele avalia também o fechamento da fronteira colombiana, na qual está a cidade Cúcuta, que centraliza os repasses de doações para os venezuelanos.

“A partir das 20h de hoje [quinta-feira, em horário de Caracas] a fronteira terrestre com o Brasil será fechada”, anunciou Maduro durante reunião com o Estado Maior das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) por videoconferência do Comando Estratégico Operacional de Caracas.

“Decidi que [o espaço] está totalmente fechado, até novo aviso sobre a fronteira terrestre com o Brasil, melhor prevenir do que remediar”, acrescentou Maduro. “Quero que seja uma fronteira dinâmica e aberta com a Colômbia, mas sem provocações.”

Maduro disse que responsabilizará o presidente da Colômbia, Iván Duque, sobre qualquer problema que houver na região fronteiriça com a Venezuela. “A Venezuela está passando por uma grande provocação, por isso estamos atualizando o conceito para reagir. O governo que presido está na vanguarda da proteção das pessoas”, disse.

Maduro fez o anúncio durante visita ao maior quartel do exército em Fuerte Tiuna. Também participou de uma videoconferência transmitida por emissoras de televisão e postada no seu perfil no Twitter. “Vamos ao combate pela pátria”, apelou. “Nosso destino é a vitória sempre. Chávez vive”, disse.

Desestabilização

Para Maduro, há uma campanha para desestabilizar seu governo. Ele usou várias expressões críticas aos que lideram o esquema para angariar ajuda humanitária. Segundo ele, há um “espetáculo mundial”, utilizando as necessidades da Venezuela para chamar a atenção.

Maduro afirmou que espera que “triunfe” a paz e a vitória sobre o que chamou de “guerra psicológica”. De acordo com ele, a cada provocação, haverá uma resposta por parte da Venezuela.

No discurso, o venezuelano agradeceu “a lealdade sempre” dos militares que estão ao seu e citou o solgan “Leais sempre, traidores nunca”. Segundo ele, como humanista ama o povo e o país “acima de qualquer coisa”.

Há informações não confirmadas oficialmente que foram enviados militares para cidade de Santa Helena de Uairén, na fronteira com o Brasil.

EUA

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, viaja para a Colômbia na próxima segunda-feira (25) para negociar com o presidente colombiano a ajuda humanitária para a Venezuela. O vice-presidente pretende defender a saída imedidata de Maduro do poder. Ele também se encontrará com famílias de refugiados venezuelanos.

“A luta na Venezuela é entre ditadura e democracia e liberdade”, disse a secretária de imprensa da Vice-Presidência, Alyssa Farah. “Juan Guaidó é o único líder legítimo da Venezuela. É o momento de Nicolás Maduro sair.”

Farah reiterou que os Estados Unidos além de apoiar a gestão Guaidó, atuam no fornecimento de ajuda humanitária e no apoio à sociedade venezuelana. “[Os Estados Unidos trabalham] ao lado do povo da Venezuela até que a democracia e a liberdade sejam totalmente restauradas. ”

Data

A Casa Branca informou, por meio de comunicado, que Pence reforçará o apoio ao governo interino de Juan Guaidó, que se autoproclamou “presidente encarregado” no último dia 23. De acordo com a Casa Branca, Pence ressaltará a necessidade de restabelecer a democracia e combater a ditadura na Venezuela.

No encontro, o vice-presidente vai abodar a crise humanitária e de segurança na Venezuela e os esforços para ajudar a população. Segundo a Casa Branca, o objetivo é definir medidas concretas que apoiem a população e a transição para a democracia.

É a quinta viagem de Pece para a América Latina como vice-presidente. Em suas viagens anteriores, ele também se reuniu com venezuelanos que fugiram de seu país. ( Agência Brasil)

  

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