Preso em operação do MP, Justiça manda soltar tenente-coronel Belelli
Ele está preso desde o último dia 18 de dezembro de 2018, suspeito de integrar grupo de extermínio
Da Redação
O tenente-coronel Carlos Eduardo Belelli teve a soltura determinada, nesta terça-feira (26), pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). De três desembargadores, dois votaram pela liberação do policial militar, que está preso desde o último dia 18 de dezembro de 2018, suspeito de integrar grupo de extermínio. Outros quatro PMs que haviam sido presos na mesma data já foram liberados.
O advogado de Belelli, Ricardo Naves, disse que espera a emissão do alvará de soltura do seu cliente para ir buscá-lo no Presídio Militar, onde está detido, em Goiânia.
Conforme o alvará de soltura expedido pela Justiça, Belelli pode “somente desempenhar atividades administrativas internas”. Ele também está proibido de “manter contato com pessoas que deverão prestar depoimento na condição de testemunhas arroladas no feito criminal em questão”.
O documento também determina que o oficial fique em recolhimento domiciliar após as 19h nos dias de semana e “como aos finais de semana em período integral”.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) afirmou que irá recorrer da decisão.
Relembre o caso
De acordo com o Ministério Público, Belelli e os outros quatro PMs são suspeitos de “divulgar mortes em confronto policial como atitudes legítimas, quando, na realidade, há suspeitas de homicídios praticados pelos militares investigados e até mesmo de simulações de situações de confronto com as vítimas”.
Conforme a denúncia, Belelli e os demais investigados mataram Darlei Carvalho da Silva e Dallyla Fernanda Martins por motivo torpe e com recursos que impossibilitaram as defesas delas. O corpo da segunda vítima, conforme o órgão, foi escondido.