João de Deus tem habeas corpus negado por ministro do STJ
O médium está preso por suspeita de abuso sexual e corrupção de testemunha
Da Redação
O ministro Nefi Cordeiro, do STJ-GO, recusou nesta quinta-feira (28), o pedido de Habeas Corpus de João Teixeira de Farias, mais conhecido como João de Deus, acusado de estupro de vulnerável e corrupção e coação de testemunhas durante o processo.
Os advogados do médium pediram a liminar argumentando que o suposto crime ocorreu há mais de dois anos e viola a “clara jurisprudência de contemporaneidade dos riscos para a decretação da medida excepcional”, por fim alegaram que João tem mais de 77 anos de idade “suficiente para a imposição da prisão domiciliar com o uso de tornozeleira e a proibição de contato com qualquer vítima ou testemunha dos autos.”
Na decisão, Nefi Cordeiro, diz que o pedido tem “evidente caráter satisfativo, sendo por isso passível de indeferimento do pedido liminar”. O ministro também afirma, a cerca do pedido de revogação da prisão preventiva, que mesmo que os fatos tenham ocorridos em 5/3/2016 consta no processo a “gravidade concreta do crime não apenas pela reiteração de crimes sexuais, mas porque o paciente teria coagido e tentado corromper testemunha, a fim de que os crimes contra a dignidade sexual não fossem apurados.”.
A redação do jornal O hoje tentou entrar em contato com os advogados de João de Deus, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.
O médium foi preso no dia 16/12/2018, no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, após o surgimento de várias denuncias públicas sobre os abusos que João de Deus realizava desde os anos 80. Algumas mulheres chegaram a ir em programas de televisão para relatar os momentos sofridos.