Judiciário recebe petição do MP que aponta suposta improbidade de ex-diretor-geral
Bloqueio de bens no valor de R$ 1 milhão já foi determinado liminarmente em 2017, como forma de garantir futuro ressarcimento pelo dano causado
Eduardo Marques
O Judiciário recebeu petição do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) que aponta suposta improbidade administrativa de ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) Milton Rodrigues Campos. Com isso, ele torna-se réu em processo, que tem por objetivo a sua responsabilização pelo prejuízo de quase R$ 1 milhão causado ao erário, bem como a condenação nas sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa.
Segundo o órgão, o ex-gestor permitiu o pagamento do teto constitucional aos ocupantes dos cargos de direção DAS-3 e DAS-4 no Legislativo estadual, situação ocorrida entre abril de 2011 e janeiro de 2012.
Em 2013, começaram as investigações sobre irregularidades relativas a essas remunerações, ficando constatado que, no período em que os pagamentos inconstitucionais se deram, quem tinha o poder de ordenação de despesas de pessoal era Milton Campos.
O MP-GO sustentou que, mesmo tendo ciência de que os pagamentos estavam sendo feitos acima do teto constitucional, uma vez que ele mesmo era um dos beneficiários, Milton Campos ordenava as despesas, sem adotar qualquer providência para que fosse efetivado o corte, configurando a prática da improbidade.
A partir dos contracheques dos servidores ocupantes dos cargos de direção citados verificou-se que eles receberam acima do subsídio dos ministros do STF, cujos valores excedentes foram contabilizados por perícia técnica.
A equipe de reportagem do jornal O HOJE tentou identificar a defesa de Milton Rodrigues Campos, mas sem êxito. O espaço continua aberto para apresentação da mesma, por isso ele será atualizado a qualquer momento.