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sábado, 15 de março de 2025
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Polícia aperta o cerco contra jogos de azar

Última operação foi realizada em Valparaiso e apreendeu 14 máquinas

Postado em 14 de março de 2019 por Sheyla Sousa
Encontradas irregularidades em 100 obras
Ação teve como alvo empresas do ramo da construção civil de obras públicas da Seduc e prefeituras municipais

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Isabela Martins*

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), em 2017 foram feitas 194 ações para apreensão de máquinas de jogos de azar.  No ano passado foram 164 e nos dois primeiros meses desse ano ocorreram 51 ações nesse sentido. A última operação ocorreu em Valparaiso onde o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) e desencadeou uma nova fase da operação de combate a exploração ilegal de jogos de azar. Foram apreendidas 14 máquinas do tipo caça-níquel e vídeo bingo em uma casa do Núcleo Habitacional (HI).

Na operação duas mulheres são suspeitas de trabalhar como gerentes do estabelecimento e por aliciar os apostadores. Elas foram levadas a delegacia junto com um empresário de Brasília que frequentava o lugar para fazer apostas. Apenas nesse começo de ano foram feitas cinco operações para combater os jogos de azar na região do entorno de Brasília. Ao todo a Polícia Civil retirou 95 máquinas caça níqueis de circulação nos municípios de Cidade Ocidental, Novo Gama e Valparaiso.

No ano passado a Delegacia de Polícia do município fechou uma casa de jogos de azar e autuou o proprietário do estabelecimento. O procedimento integrou uma ação da unidade da Polícia Civil em locais da mancha criminal com o objetivo de levantar informações para subsidiar investigações em andamento e localizar foragidos da Justiça e averiguar denúncia de prática de jogos ilegais.

Servidores condenados 

Em janeiro o juiz federal Rafael Ângelo Slomp condenou 17 servidores públicos por envolvimento com jogos caça níqueis e organização criminosa. Segundo as investigações o grupo seria comandado por Carlinhos Cachoeira. Entre os condenados estão policiais, ex-policiais e servidores públicos. Segundo o documento todos tiveram perda de cargo decretada. 

Entre os condenados estão ex-delegados, policiais federais e rodoviários e policiais militares. Os condenados respondem por crimes de formação de quadrilha, violação de sigilo funcional, corrupção e peculato.  Os crimes que eles respondem são os de repreensão a atividade ligada aos jogos ilegais e contrabando, por serem agentes públicos federais, militares e ligados a Polícia Civil, sendo denunciados como integrantes da quadrilha. 

Na condenação o juiz cita que os envolvidos agiram para conseguir ganhos ilícitos, mancharam as imagens das corporações e que alguns fizeram parte da organização criminosa por anos. Todos foram denunciados após a operação Monte Carlo, que investigou quadrilha que explorava jogos de azar em Goiás e Distrito Federal.

Os negócios do grupo eram mantidos com apoio dos policiais militares, civis e federais, que tinham a função de ignorar a atuação ilícita da máfia da jogatina, vazar informações sigilosas de interesse da organização criminosa, fazer segurança das casas de jogos, cobrar dívidas, transportar valores e eliminar concorrentes. 

Monte Carlo

A Operação Monte Carlo foi deflagrada em 2012 e prendeu entre outras pessoas Carlinhos Cachoeira apontado pelas investigações como chefe da organização criminosa. Ele cumpre pena em regime semiaberto por fraudes na Lotérica Carioca e utiliza tornozeleira eletrônica. A operação investigou crimes de contrabando, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva desde 1999.

Na operação foi constatada a existência de uma espécie de franquia do crime, na qual seriam dadas autorizações para exploração dos pontos de jogos a donos de galpões clandestinos. Durante as investigações as operações a Polícia Federal apurou que servidores públicos recebiam propina mensal ou semanal para trabalhar em prol da organização, fechando locais que não tivessem autorização dos chefes da quadrilha. (Isabela Martins é estagiária do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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