Bombeiros da Força Nacional e de Minas Gerais atuarão em Moçambique
A ajuda humanitária atende a pedido feito pelo presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, ao presidente Jair Bolsonaro
Vinte bombeiros da equipe de
busca e salvamentos da Força Nacional de Segurança Pública e mais 20
militares mineiros que trabalharam no resgate das vÃtimas do rompimento da
barragem de Brumadinho viajarão ainda hoje (29) para Moçambique, no sudeste
africano. A previsão é que, no mais tardar na segunda-feira (1), as equipes
brasileiras comecem a atuar no resgate à s vÃtimas do ciclone que atingiu a
região, deixando centenas de mortos e milhares de desabrigados em Moçambique,
Malauà e no Zimbabue.
A
ajuda humanitária atende a pedido feito pelo presidente de Moçambique, Filipe
Nyusi, ao presidente Jair Bolsonaro. A previsão é de que as equipes embarquem
para Moçambique esta noite. A partir do aeroporto da Pampulha, em Belo
Horizonte, viajarão em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), levando
veÃculos, botes e outros equipamentos fornecidos pela Força Nacional e pelo
Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
A portaria do Ministério da Justiça e
Segurança Pública autorizando o envio dos 20 profissionais da Força
Nacional foi publicada hoje, no Diário Oficial da União. O prazo de atuação
inicial, que é de 30 dias, poderá ser prorrogado conforme as necessidades
locais. Caso contrário, todo o efetivo retornará imediatamente ao Brasil.
Os bombeiros da Força Nacional atuarão
prioritariamente na cidade de Beira. A capital do estado de Sofala está entre
as mais populosas do paÃs e foi uma das localidades mais afetadas pelos
fortes ventos, chuvas e inundações causadas pela passagem do Ciclone Idai.
Estima-se que, só em Moçambique, 1,8 milhão de pessoas tenham sido prejudicadas
e precisem de alguma forma de ajuda.
Já
os 20 bombeiros mineiros deverão permanecer em Moçambique por, inicialmente, 15
dias. De acordo com o governo estadual, eles poderão atuar também no municÃpio
de Dondo, no mesmo estado de Sofala. Os militares viajarão no voo da FAB,
levando três picapes, dois botes, três drones com sensores térmicos e outros
instrumentos auxiliares às buscas.
Segundo
o governo estadual, além de atuar na operação de buscas em Brumadinho, os
militares são especialistas em operações de salvamento e gestão de desastre,
com experiência em casos de enchentes e inundações, podendo atuar nas
atividades de planejamento e inteligência de busca, realizando mapeamento
estratégico, georreferenciamento, busca aérea, entre outras tarefas.
Por
meio do Ministério da Saúde, o governo brasileiro também vai doar medicamentos
e insumos estratégicos para Moçambique. Ao todo, serão enviados seis kits de
medicamentos e insumos, totalizando 870 kg, quantitativo suficiente para
atender até 3 mil pessoas por um perÃodo de três meses. (Agência Brasil)