A secretária estadual de Educação, Fátima Gavioli, garantiu
ontem que a pasta realizará concursos públicos em todos os anos partir de 2020.
A definição já havia sido conversa internamente e foi apresentada em reunião da
Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, em que deputados estaduais
tiveram quase toda a última tarde para questionar a auxiliar do governador
Ronaldo Caiado. A secretária contou que a convocação dos mais de 500 aprovados
no último concurso, que tinha validade até o último mês de março, não saiu como
esperado. Cerca de 70% dos selecionados não concluiu o ensino superior ou tem
diplomas falsos. “A demanda está muito clara e, partir de agora, nos próximos
governos, vai ter concurso público para a educação todo ano. Ainda não a data
ou quantas vagas em 2020, mas vai ter concurso, sem dúvida”, revela. Além do déficit
de efetivos, Gavioli define: “não se faz política pública com professor temporário.
Não que os contratados não sejam bons. Eles são ótimos. Mas o que se paga chega
a ser indecente – é menos que o piso”.

Demanda aberta

O governo ainda não tem impacto de novo concurso público,
mas adianta a necessidade. “Praticamente não tenho mais pedagogos na rede e
temos o aval do governador em querer arrumar a casa neste sentido”, define a
secretária.

Resultados

O reordenamento de escolas, processo em que unidades são
fechadas e fundidas, já resultou em economia mensal de R$ 20 milhões. A análise
voltará a ser feita em outubro, para novas mudanças em janeiro de 2020.

Largada e regras

A corrida pela sucessão da goiana de Morrinhos, Raquel
Dodge, na Procuradoria-Geral da República, já foi iniciada, já que o mandato
atual se encerra em setembro. A forma como a escolha se dará, no entanto, ainda
é alvo de debate interno na Associação Nacional de Procuradores da República
(ANPR). Nos bastidores, tem sido visível o isolamento de Dodge e grupos de
oposição que membros do grupo de apoio do antigo PGR, Rodrigo Janot, os mais
ligados à Operação Lava Jato e outros tidos como outsiders. Parte dos membros
do Ministério Público Federal defende que só subprocuradores-gerais, que estão
no topo da carreira, possam assumir o comando. Parte entende que qualquer
procurador pode comandar a PGR, porque não há exclusividade prevista na
Constituição. Além disso, há quem considere a quebra da tradição de votação
para formação de lista tríplice e escolha pelo presidente da República, prática
confirmada desde 2003. O alternativa agora seria uma recondução da goiana ao
cargo por Jair Bolsonaro.

CURTAS

Aproximado – A
expectativa é de que a ANPR tome decisão sobre a forma de escolha e as regras
para o processo até o início de maio.

Viralizou – O
presidente Jair Bolsonaro foi ao Muro das Lamentações, mas quem vai lamentar
são os ruralistas. A frase antecipa consequências da viagem presidencial.

Por aqui –
Sinalizações para Israel e ausência na Palestina pegaram mal junto a países
árabes, que estão entre os maiores compradores da carne bovina brasileira e
goiana.

O retorno

Depois de ser alvo constante de Comissão Especial de
Inquérito, a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, volta hoje, às 9h30, à
Câmara de Vereadores. Falará a todos os parlamentares no plenário da Casa.

Pedido

A solicitação para a audiência foi do opositor Lucas Kitão
(PSL). “Não podemos admitir que as pessoas continuem morrendo nas filas do Cais
por falta de médicos, especialmente de pediatras sem atendimento”, afirmou.

Devagar

Segue agora a terceira semana, desde a instalação da CPI dos
incentivos fiscais, que o colegiado não realiza reunião. A previsão é para
trabalhos nas segundas-feiras.

Jeito tem

Os encontros, no entanto, podem ser agendas para outros
dias. Até agora, o relator Humberto Aidar (MDB) e o presidente Álvaro Guimarães
(DEM) têm defendido a busca de documentos para depois realizar oitivas.

Nova categoria

O deputado federal Francisco Júnior (PSD) anunciou apoio à
PEC 372/17, que cria a “Polícia Penal”. A nova instituição substituiria
categorias como a dos vigilantes penitenciários e teria organização federal e
outras estaduais, segundo o texto.

Assembleia geral

Professores cobram o salário de dezembro e votaram
a favor da realização de greve em Goiás. A paralisação está marcada pelo
SINTEGO para começar amanhã.