Cinemark exibe filme pró-ditadura, pede desculpas e gera polêmica nas redes sociais
Em resposta ao cancelamento da exibição do filme sobre o golpe de 1964, internautas favoráveis à exibição do longa criticaram a decisão
Eduardo Marques
Um comunicado oficial da Cinemark gerou polêmica nas redes sociais nesta semana. Neste domingo (31), data em que foi recordado o golpe militar de 1964, algumas salas da rede de cinemas exibiram o filme “1964: o Brasil entre Armas e Livros” e a ação foi repudiada pela própria empresa. Até a tarde desta quarta-feira (03), o documentário já teve mais de 1,8 milhões de visualizações.
Em resposta ao cancelamento da exibição do filme sobre o golpe de 1964, internautas favoráveis à exibição do longa criticaram a decisão. Eles alegam que a empresa já exibiu filmes com conteúdo político, como ” Lula, filho do Brasil” e questionam se “Marighella” entrará em cartaz.
Revoltados, os apoiadores do filme utilizam, no twitter, as hashtags #BoicoteCinemark, que pede para que as pessoas não vão mais à rede de cinemas, e #Cinemarx, em referência à Karl Marx.
A nota oficial diz que a Cinemark “não se envolve com questões político-partidárias” e alega que “um erro de procedimento, em função do desconhecimento prévio do tema do evento” não evitou a realização da ação organizada pelo portal Brasil Paralelo. “Não tivemos qualquer envolvimento com a produção deste evento”, diz outro trecho.
A produção, que foi divulgada em alguns cartazes com os dizeres “Comemoração a 1964”, faz um retrato sobre o golpe e conta com declarações de William Waack e Alexandre Borges. A direção é assinada por Lucas Ferrugem, Henrique Viana e Felipe Valerim, fundadores do Brasil Paralelo.