MP aciona empresas de Catalão para esvaziar barragens de rejeitos
Na ação, o órgão pede que sejam adotadas medidas preventivas para não causar danos ao meio ambiente e à vida humana
Da Redação
Duas empresas de Catalão foram acionadas pelo Ministério Público de
Goiás (MP-GO) para que esvaziem as barragens mantidas com rejeitos
oriundos da extração de rocha fosfatada para a fabricação de
fertilizantes. Na ação, o órgão pede que sejam adotadas medidas preventivas
para não causar danos ao meio ambiente e à vida humana.
O promotor de Justiça Roni
Alvacir Vargas requereu que a Mosaic Fertilizantes P&K e Coperbrás
Indústria auxiliem na remoção de todos os residentes na Zona de Autossalvamento
(ZAS) para moradias urbanas dignas. A responsabilidade das despesas decorrentes
de aluguel, transporte e mudança devem ser custeadas pelas empresas em questão
até a conclusão da obra de descomissionamento das barragens.
Na ação, o promotor
detalhou que após a tragédia de Mariana, em 2015, causada pelo rompimento da
barragem de rejeitos da mineradora Samarco, a 3ª Promotoria de Catalão
instaurou inquéritos para apurar as condições de segurança e estabilidade das
barragens de rejeitos das empresas mineradoras instaladas nos municípios de
Catalão e Ouvidor.
Durante tais investigações,
foi possível verificar que as barragens são classificadas como de baixo risco,
porém, com alto dano potencial associado e impacto ambiental muito
significativo. “As
tragédias de Mariana e Brumadinho nos ensinam que ‘estocar
lama e água’ não tem sido uma boa ideia”, afirmou Roni.