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sábado, 23 de novembro de 2024
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Operação Bienna

Proprietário de restaurante nobre de Goiânia é investigado por lavagem de dinheiro

Além disso, Guilherme Moreira, dono do Restaurante Bienna, é suspeito de apropriação de coisa havida por erro. Um carro de luxo do mesmo foi apreendido

Postado em 25 de abril de 2019 por Jefferson Pereira dos Santos
Proprietário de restaurante nobre de Goiânia é investigado por lavagem de dinheiro
Além disso

Da Redação

A Polícia Civil do Estado de Goiás, por intermédio da 8ª Delegacia Distrital de
Polícia de Goiânia, deflagrou na manhã desta quinta-feira (25), a “Operação Bienna”, destinada
ao cumprimento de Mandado de Busca e Apreensão, bem como o sequestro de um veículo de
luxo esportivo, avaliado em aproximadamente R$ 280 mil. O mandado de busca e apreensão foi cumprido em uma casa de luxo localizada em um condomínio de luxo, na Região Sudoeste de Goiânia local onde reside o empresário Guilherme Moreira, proprietário do
Restaurante Bienna.

De acordo com as investigações, entre os dias 26 e 27 de dezembro de 2018, por
uma falha no sistema de conciliação de vendas com cartões de crédito/débito, ocorreram créditos indevidos em contas correntes de centenas de clientes por todo o
Brasil. Um desses clientes é a empresa Estevam Carnes Nobres e Exóticas Eireli (Bienna Cortes Especiais, Carnes Nobres E Exoticas), que viu creditada em sua conta a quantia de cerca de R$
18,6 milhões.

Ao perceber o elevado valor na conta, ainda no dia 27 de dezembro, Guilherme Moreira,
proprietário da empresa, apropriou-se de parte desse valor e, com o escopo de dissimular/ocultar
visando dar-lhe aparência lícita, realizou transferências eletrônicas por meio de internet banking
que juntas somam R$ 1.129.794,58 (um milhão, cento e vinte e nove mil, setecentos e
noventa e quatro reais e cinquenta e oito centavos). As transferências foram realizadas para
a conta do pai, para outra conta da empresa mantida em outra instituição financeira e para outras empresas. Todavia, essas transferências não foram concretizadas, pois conseguiu-se o bloqueio
das operações. 

Porém, fora concretizada uma transferência no valor de R$ 280.000,00 (duzentos
e oitenta mil reais) como pagamento referente a um veículo importado na cor vermelha. Tal veículo, segundo as investigações, foi registrado no nome de uma amiga de Guilherme. 

As condutas de Guilherme configuram, segundo a polícia, os crimes de apropriação de coisa
havida por erro e de
lavagem de dinheiro. As penas podem variar, então, se condenado, entre 3 e 11 anos de prisão e multa.
De acordo com a polícia, a operação foi denominada “Bienna” por dois fatores: além de se
tratar do nome fantasia do estabelecimento comercial de Guilherme, Bienna é uma
cidade localizada na Suiça, país que, por várias décadas, esteve entre os maiores paraísos fiscais
do mundo.

Em
nota, a defesa informou que: “O
proprietário do restaurante esclarece que não houve apropriação indevida do
valor apontado pelo banco. Tudo será esclarecido e comprovado tão logo seja
oportunizado o direito de defesa na ação penal que, sequer, foi ajuizada. A
operação policial trata-se de equívoco jurídico, e o problema se deu devido a
um erro na prestação de serviço da instituição bancária que, além do depósito
indevido, ao perceber a falha, também bloqueou todas as contas do empresário, o
que impossibilitou a devolução imediata do valor que já havia sido retirado da
conta para pagamentos diversos, inclusive para a quitação do carro citado, que
já havia sido comprado. O empresário afirma que, após o desbloqueio das contas,
tentou um acordo com o banco, que não foi concretizado devido a não
concordância com as taxas de juros e multas. Com isso, a solução está sendo
buscada na justiça, num processo aberto pelo próprio empresário”. 

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