Aeroporto de Goiânia encerrou 2018 com aumento de 4% no número de passageiros
Segundo a Infraero, a movimentação de aeronaves em 2018 apresentou um crescimento em relação ao ano anterior
Isabela Martins*
A crise no setor aéreo no Brasil, puxada pela falência da Avianca, que cancelou vôos em todo pais, inclusive em Goiânia, parece ainda não ter afetado o desempenho do Aeroporto Santa Genoveva. Segundo a Infraero, a movimentação de aeronaves em 2018 apresentou um crescimento em relação ao ano anterior. Foram 66.853 pousos e decolagens no ano passado, número de 11,64% superior a 2017, quando foram registradas 59.879 operações. Até o primeiro trimestre de 2019 foram registrados mais de cinco mil pousos e decolagens.
Inaugurado há três anos, o aeroporto tem capacidade de atendimento de 6,5 milhões de passageiros por ano. A unidade que recebe 160 vôos diários, encerrou 2018 com mais de 3,21 milhões de viajantes, uma média diária de 8,8 mil passageiros, crescimento de 4% em relação a 2017, quando foram contabilizados 3,08 milhões de viajantes. Até março deste ano já passaram pelo terminal 805.251 passageiros. Com infraestrutura completa, o terminal conta com dez posições de estacionamento no pátio de aeronaves, sendo quatro em pontes de embarque, 12 portões de acesso ao passageiro que partem ou chegam a Capital, e estacionamento com 971 vagas.
A nova estrutura tem agradado aos passageiros. A estudante Camilla Ribeiro passa pela unidade principalmente na época de férias, e avalia como positiva o local. “Depois da reforma do aeroporto de Goiânia, não tenho o que reclamar. O acesso ao próprio local ficou mais organizado, assim como a organização do espaço das companhias aéreas. A possibilidade de emissão do check-in pelo equipamento diminuiu as filas e o tempo de espera”.
Para o gerente comercial Marco Aurélio a nova unidade está maior e mais moderna, mas poderia haver algumas mudanças. “A principal mudança é sem dúvida maior espaço no salão de check in, embarque e desembarque. Mas poderia melhorar os custos do estacionamento em relação às diárias, para quem faz viagens curtas”, afirma.
Avaliação
Na Pesquisa de Satisfação do Passageiro e Desempenho Aeroportuário do primeiro trimestre de 2019, realizada pela Secretaria de Aviação Civil que mede a satisfação dos passageiros com itens como infraestrutura e atendimento, o Santa Genoveva alcançou 4,50 pontos, sendo eleito o 4ª melhor do Brasil na categoria até cinco milhões de passageiros por ano. Segundo os usuários que participaram, a limpeza do aeroporto, sensação de segurança, velocidade da restituição da bagagem e tempos em filas de chek-in estão entre os principais pontos positivos do local. A insatisfação dos passageiros fica por conta do preço cobrado na alimentação e a qualidade da rede wifi.
A pesquisa, além de ajudar a conhecer melhor a percepção do passageiro, busca uma competição saudável entre os aeroportos por melhores resultados, como afirma a presidente da Infraero, Martha Seiller. “Ela tem fomentado uma concorrência por melhores resultados, o que é muito bom para todos, para a Rede Infraero e para os nossos usuários. A gente brinca que é o Oscar da aviação civil, e todo mundo quer ganhar esse prêmio”.
Para o secretário da Aviação Civil, Ronei Glanzman, o desempenho do aeroporto é o sinal do resultado das diretrizes de gestão para o setor aeroportuário. “Conseguimos enquanto promotores de política pública, atingir nossa meta, com a avaliação média do passageiro acima da nota 4,0 em relação aos aeroportos pesquisados”, afirma.
Bagagens
A fiscalização mais rigorosa de bagagens de mão nos aeroportos começou a ser feita no dia 24 de abril. A iniciativa é da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) e tem o objetivo de evitar que volumes com tamanho inadequado sejam embarcados como bagagem de mão. Bagagens de mão continuam sendo gratuitas, desde que pesem no máximo 10 quilos. Caso a mala esteja com medidas maiores do que as permitidas, o passageiro será redirecionado ao balcão de check-in de sua companhia, onde deverá ser pago o valor do despacho. (Isabela Martins é estagiária do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)