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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Diferença entre civis e militares

Profissionais goianos da área da Segurança vão a Brasília em ato contra reforma da Previdência

Trabalhadores querem equiparação com militares na proposta

Postado em 19 de maio de 2019 por Jefferson Pereira dos Santos
Profissionais goianos da área da Segurança vão a Brasília em ato contra reforma da Previdência
Trabalhadores querem equiparação com militares na proposta

Da Redação

Acompanhando movimento nacional, representantes goianos de categorias ligadas à Segurança Pública de carreiras civis (lista em anexo) se preparam para um ato contra a reforma da previdência. A manifestação será realizada na próxima terça-feira (21), a partir das 11 horas, em Brasília. 

Entre as reivindicações dos profissionais está a equiparação com militares na reforma da previdência. O governo federal optou por definir as regras de aposentadoria e pensão de policiais civis e federais, policiais rodoviários federais, de  agentes penitenciários e socioeducativos e daqueles que desempenham atividades de risco por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19). Já policiais militares e bombeiros militares, segundo a proposta do governo, seguirão as regras da reforma proposta para as Forças Armadas, encaminhadas na forma do Projeto de Lei 1645/19.

“Isso não faz sentido. As regras precisam ser as mesmas, já que a natureza do trabalho e os riscos são os mesmos”, alerta o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Estado de Goiás (SINPEF-GO), Francisco José da Silva Júnior. Ainda de acordo com o presidente, outras reivindicações estarão em pauta. Entre elas, a manutenção do regime de pensão. ” Os riscos que o policial corre, sua família também corre”, destaca.

As categorias também defendem a necessidade de aposentadoria policial com 55 anos de idade para homens e 52 anos para mulheres, com regras de transição equilibradas. “O policial federal, por exemplo, exerce atividade exclusiva e  durante 24 horas diárias. É mentalmente e fisicamente imprudente que se coloque um servidor policial para trabalhar contra o crime depois de 25, 30 anos de trabalho”, analisa o presidente do sindicato. 

“Sem falar que policiais mais ‘velhos’ nas corporações significa a ausência de renovação dos recursos humanos. Sabemos que é necessária a renovação em todos campos profissionais, mas na segurança pública isso é fundamental, pois o crime não envelhece”, afirma Francisco José da Silva Júnior. “Claro que os policiais mais ‘velhos’ são a garantia de experiência e competência no trabalho, todavia os desgastes físico e mental depois de três décadas combatendo o crime, involuntariamente os impedem de colocar toda sua dedicação  no trabalho”, completa. 

Presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais em Goiás (SINPRF-GO), Lyzandro Onasses enfatiza que as categorias ligadas à Segurança Pública estão cientes da necessidade de uma reforma no modelo previdenciário, mas a proposta deve ser revista. “Essa reforma tem que acontecer após estudos mais técnicos e profundos. Todas as classes trabalhadores, do serviço público e da iniciativa privada, merecem e devem ser ouvidas”.

Protesto

Conforme está previsto, o protesto deve começar em frente ao Ministério da Justiça. Depois, segundo a agenda, o ato vai se concentrar em frente ao Congresso Nacional, de onde segue para a porta do Palácio do Planalto. A previsão é que a manifestação termine às 18h.

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