Líder de Jair Bolsonaro não define prazo para MP do FCO
Rubens Salomão
Assim como fez quando questionado sobre o Plano de
Equilíbrio Fiscal (PEF), o líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara dos
Deputados, Major Vitor Hugo (PSL/GO), não garante prazo para a Medida
Provisória que permitirá contratação de empréstimo do governo de Goiás junto ao
FCO. Segundo ele, qualquer ajuda aos estados depende principalmente da situação
fiscal e financeira do próprio governo federal, que também vive crise. “A gente
vê o esforço do governo em aprovar a reforma da previdência e outras, como a
tributária e revisão do pacto federativo, para ter um equilíbrio melhor das
contas e também favorecer os estados. Não conseguimos fazer todas as demandas
dos governadores junto à União. Não por má vontade, mas por realmente não ter
dinheiro no caixa. A gente viu a questão do contingenciamento”, argumenta o
líder. Em resposta à Coluna, Ronaldo Caiado (DEM) acredita ter garantias do
governo federal de que a MP será editada a tempo de buscar neste ano até R$ 600
milhões junto ao FCO para investimentos em infraestrutura.
Relacionamento
Depois de profundo racha nesta semana, Vitor Hugo e o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), entraram em consenso
após encontro na residência oficial. Conversa organizada pela bombeira Carla
Zambelli (PSL/SP).
Como fica
“Foi uma conversa
muito boa, uma conversa amigável. A gente vai virar todas as páginas, vamos
continuar numa aproximação para o bem do país”, resumiu o Major, antes
de nova semana decisiva para a reforma da previdência.
Pedido e articulação
O presidente Jair Bolsonaro pediu pelas redes sociais que o
Senado aprove o texto da medida administrativa que reduziu o número de
ministérios, acrescentando que, no a Casa deveria aprovar o que foi votado na
Câmara dos Deputados. “No meu entender, deve aprovar o que foi votado na Câmara
dos Deputados, e vamos seguir em pautas mais importantes. A minha bancada do
PSL é uma bancada de parlamentares bastante novos, alguns ainda acham que tem
que ganhar todas, mas não dá”, disse o presidente, ressaltando que o Parlamento
tem “legitimidade” para fazer alterações no texto do governo. Bolsonaro
minimizou a retirada do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)
do Ministério da Justiça, considerada uma derrota para o governo. “Continua no
Executivo”, disse. O órgão voltará à alçada do Ministério da Economia. O pedido
de Bolsonaro ocorreu horas após o líder do governo no Senado, Major Olímpio
(PSL-SP), afirmar que apresentará uma emenda para que o Coaf fique sob o
controle do ministro da Justiça, Sergio Moro.
CURTAS
Nordeste – O
presidente anunciar no Recife, durante a primeira viagem ao Nordeste no
mandato, um plano estratégico para a Região.
Programa social –
Bolsonaro tratou como questão antiga, mas garantiu o 13º salário do programa
Bolsa Família. Representa “extra” de R$ 2,2 bilhões em dezembro.
Na pauta – O
plenário da Assembleia Legislativa vota na terça-feira (28) o pedido de
concessão de título de cidadão goiano ao presidente Jair Bolsonaro.
Investigação
O último depoimento prestado à CPI da Enel na Assembleia
Legislativa foi do diretor jurídico da multinacional italiana, Antônio Basílio.
Deputados queriam saaber sobre o cumprimento de exigências do contrato sobre a
qualidade do serviço.
Tenha calma
O diretor reconheceu os problemas e pediu: “Eu sei que a
população precisa do atendimento imediato, e está sendo feito, mas é preciso
ter paciência para começar a haver resultados, que chegarão.”
Demandas
Basílio aponta que ainda se passarão alguns anos até que as
companhias possam apresentar um trabalho “satisfatório”. Ainda foram cobrados distribuição
de energia, atendimento ao público e multas aplicadas pela AGR.
Cultura
A Secretaria de Cultura de Goiás (Secult) divulgou novo
cronograma de avaliação dos projetos inscritos no Fundo de Arte e Cultura (FAC)
2018/2019. As informações foram publicadas no Diário Oficial do Estado do
Estado.
Em tempo
O calendário volta a ter regularidade, depois que o governo publicou
o aviso de suspensão dos editais do fomento ao setor cultural, sem data
prevista para o retorno.
Resolução
O secretário Edival Lourenço aponta que a
suspensão anterior do certame teria sido apenas “pontual e temporária até que
recursos fossem desbloqueados e pudessem ser empenhados para contratar os pareceristas”.