Isabela Martins

Por meio da Secretaria Executiva de Mobilidade, a prefeitura de Aparecida de Goiânia lançou a implantação da faixa para motos nos sinaleiros das principais avenidas da cidade. Os primeiros pontos a receberem a orientação, que fazem parte de um projeto piloto denominado “Frente Segura”, foram as avenidas Rio Verde e Independência.

A ação consiste em um espaço reservado para que os motociclistas aguardem a abertura do semáforo, como forma de prevenir acidentes no momento da arrancada e dando oportunidade de não ficarem entre os corredores formados pelos veículos automotores. Inicialmente o projeto foi lançado ao longo da Avenida Rio Verde, próximo ao Buriti Shopping e Terminal Cruzeiro, e na Avenida Independência, desde o Centro de Aparecida até o Setor Colina Azul.

De acordo com o secretário Avelino Marinho, o projeto já foi implantando em outras cidades do país. “Ele veio para trazer mais segurança aos nossos motociclistas e também aos condutores de veículos automotores”. As faixas devem ser implantadas gradativamente na cidade. “A maioria dos acidentes envolvendo motociclistas acontece na arrancada, quando o semáforo abre. Às vezes ele encosta no veículo, ou o contrário, caí. Aí outro carro vem e o atropela, passa por cima, acaba gerando acidentes, deixando sequelas e até levando a fatalidade”. 

O motociclista João Paulo Ferraz acredita que não são apenas as faixas especiais que podem fazer a diferença. Ele defende que educação é a chave para se fazer um trânsito mais seguro. “A sensação que eu tenho é que a relação de motoristas e motociclistas nunca será uma das melhores no trânsito. Há de se pensar em leis que atendam às necessidades de quem depende das duas rodas. O trânsito não é uma disputa, tem que saber que gentileza cabe inclusive no trânsito”. 

Respeito às novas faixas 

Para que as faixas possam dar certo, o secretário acredita que é necessário mais educação no trânsito. “Que os condutores de veículos automotores possam respeitar esse espaço, que foi criado para os motociclistas, ciclistas. E que os motociclistas possam fazer bom uso do espaço que foi criado para eles, que evite sair no corredor fazendo racha”, afirma Avelino Marinho. 

A estudante Letícia Batista acredita que as faixas podem dar certo com respeito de todos. “Todos os dias eu escapo de pelo menos três acidentes. O trânsito aqui é muito perigoso, ninguém respeita os motociclistas. A faixa não seria necessária se quem tem veículos maiores respeitasse quem anda de moto. Mas se levado a sério, esse projeto pode ser bom”, afirma.

Os trabalhos de instalação das novas faixas devem ser finalizados na próxima semana, já que as pinturas são feitas no período noturno, quando o fluxo de veículos é menor. Por não ser uma lei de trânsito, os agentes da Secretaria de Mobilidade irão orientar os motoristas e motociclistas, sobre o novo projeto. (Isabela Martins é estagiária do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)